O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Espírito Santo (Sindipol/ES), Aloísio Fajardo, e a Chefia de Polícia Civil prestam homenagem aos Peritos Oficiais Criminais, profissionais de extrema importância para a elucidação de crimes e, consequentemente para o Sistema de Justiça brasileiro.
“O trabalho dos Peritos Criminais é de fundamental importância para a sociedade capixaba. Em nome do Sindipol, quero aqui enaltecer o trabalho desses profissionais, responsáveis pelo esclarecimento de crimes ocorridos no Espírito Santo e no País”, disse Aloísio Fajardo.
Por sua vez, o superintendente de Polícia Técnico-Científica da Polícia Civil, Renato Koscky Júnior, resume claramente a função desta importante categoria de policiais civis: “A Perícia Oficial Criminal precisa estar sempre à frente do crime”.
O presidente do Sindipol, Aloísio Fajardo, ressalta que a Superintendência de Polícia Técnico-Científica, onde estão lotados os Peritos Oficiais Criminais, é um dos setores mais importantes da Polícia Civil capixaba.
“A atuação de seus profissionais é responsável pela elucidação de uma série de crimes, como a tragédia de Linhares, onde duas crianças foram brutalmente assassinadas”, recorda Aloísio Fajardo.
O presidente do Sindipol se refere à tragédia ocorrida no dia 21 de abril de 2018, em Linhares, em que os irmãos Joaquim Alves Sales, de 3 anos, e Kauã Sales Burkovsky, 6 anos, foram espancados, violentados sexualmente e assassinados – queimados vivos –dentro de casa, pelo próprio pai”, o cabeleireiro e falso pastor Georgeval Alves Gonçalves.
Inicialmente, a informação era de que os meninos teriam sido vítimas de um acidente – incêndio dentro de casa –, mas no mesmo dia os Peritos Criminais da Polícia Civil e os bombeiros militares passaram a suspeitar de um incêndio provocado. Com o andamento da investigação e dos exames minuciosos feitos pela Perícia Criminal, concluiu-se por um crime doloso. O falso pastor está preso à espera de julgamento.
Aloísio Fajardo ressalta, todavia, que a Perícia Criminal necessita de mais investimentos, sobretudo, na área humana. “Defendemos investimentos nos profissionais para que possam continuar oferecendo um trabalho de excelência à sociedade capixaba. Defendemos também que o Governo pague aos profissionais da Perícia Criminal a insalubridade”, lembrou o presidente do Sindipol.
Ao mesmo, tempo, frisou Aloísio Fajardo, “somos gratos também ao senador Marcos do Val, que, por meio de emenda parlamentar, garantiu recursos para a construção de um Laboratório Cibernético, que deverá ser o maior do País, para ajudar no combate a diversos crimes”.
Dia do Perito homenageia profissionais imprescindíveis para elucidação de crimes
Vale ressaltar que os Peritos Oficiais Criminais são os responsáveis por produzir provas materiais, ou seja, coletar, analisar e documentar vestígios de uma cena de crime que, para uma pessoa comum, passariam despercebidos. Provas que são cruciais para a elucidação de crimes, contribuindo para identificar criminosos e absolver inocentes. Na sexta-feira passada (04/12) foi comemorado o Dia do Perito Criminal.
No Espírito Santo, a categoria responde diretamente à Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC), chefiada desde 2018 por Renato Koscky, o primeiro perito a ocupar a cadeira, antes destinada a delegados de Polícia. Com 28 anos de carreira, ele avalia esta como uma importante conquista da categoria.
“Quem pode entender melhor as necessidades e desafios da Perícia Criminal, que o próprio perito? Eu tenho muito orgulho de trabalhar há 28 anos como policial civil do Espírito Santo. Eu pude acompanhar as mudanças que ocorreram tanto na polícia quanto na SPTC, e como a gente vem evoluindo e acompanhando o avanço da tecnologia. Eu me orgulho do quando pude, até aqui, contribuir para a sociedade capixaba, trabalhando com responsabilidade e aceitando os desafios impostos à nossa profissão”, afirmou o superintendente.
A Perícia Criminal está presente em todas as fases do processo criminal desde a coleta de material no local de crime, até a emissão de laudos com indicação de autoria do fato delituoso. No Estado, se divide em quatro departamentos: Departamento de Laboratório Forense, Departamento Médico-Legal, Departamento de Criminalística e Departamento de Identificação.
Olívia do Rosário Soares, formada em Biologia, atua como Perita Oficial Criminal há seis anos na Polícia Civil do Espírito Santo. Atualmente, está lotada na Seção de Crimes Contra a Pessoa, atendendo nos locais onde ocorrem mortes violentas.
“Esta é uma profissão dinâmica, que abrange diversas áreas de conhecimento, e que nos coloca diante do novo a todo momento. A gente que é plantonista, nunca sabe o que vai encontrar quando chega para trabalhar, e tem que estar sempre preparado para o novo”, destacou.
O trabalho de Olívia Soares e o de todos os peritos que atuam na Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) é o que garante a produção da prova material, que é aquela que não se perde ao longo do tempo, que perpetua a verdade e que tem sido cada vez mais importante nas decisões judiciais.
“Com o advento de novas tecnologias, a prova material se torna cada vez mais valiosa. Com avanço de novas técnicas que permitem elucidar casos, o trabalho dos peritos ganha ainda mais importância e, por isso, eu digo para os que estão em início de carreira: estudem o máximo que puderem, não deixem de se aprimorar. Temos que ter consciência da importância do nosso trabalho para a sociedade capixaba”, disse Renato Koscky.
(Com informações também do Portal da PCES)