O tenente-coronel CB Carlos Wagner Borges é hoje um dos mais preparados nomes caso decida, até setembro, disputar a eleição para prefeito de Vila Velha, o segundo município mais populoso do Espírito Santo, com 493.838 habitantes – o primeiro é a Serra, com 517.510 –, de acordo com dados do IBGE.
Com 315.224 eleitores, segundo Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE/ES), Vila Velha, o segundo maior colégio eleitoral do Estado – o primeiro é a Serra, com 327.670 –, é um município cheio de problemas, cujas soluções dependem de uma política que alinha estratégia, planejamento, conhecimento das necessidades da população e, sobretudo, boa vontade dos gestores.
Estimulado por amigos, colegas de farda e lideranças comunitárias, políticas e religiosas, o tenente-coronel Wagner vem se preparando para, em breve, apresentar seu nome como pré-candidato na disputa a prefeito de Vila Velha – as eleições foram transferidas pelo Tribunal Superior Eleitora de outubro para novembro, devido à pandemia do novo coronavírus.
Quem o estimula, sabe que Wagner, devido à experiência profissional no Corpo de Bombeiros e o aprendizado do dia a dia, deram a ele esse alinhamento, que une estratégia, planejamento, conhecimento das demandas da sociedade e boa vontade em discutir e resolver os problemas, algo muito comum aos Oficiais Militares.
Por enquanto, Wagner ainda não lançou a pré-campanha, porém, abriu um canal de comunicação com a população, com o objetivo de ouvir as demandas dos habitantes de Vila Velha.
Wagner nasceu em Vale Encantado, Vila Velha. Quando mais jovem, se mudou para Jardim Asteca, onde ficou até se casar. Com o casamento, se mudou com a esposa para Interlagos.
“Conheço todos os bairros de Vila Velha. Não só por conta de minha profissão, a de bombeiro militar, mas porque sempre gostei de caminhar pelo município, assim como fiz também em Vitória”, diz o tenente-coronel Wagner, chefe do setor de Relações Públicas (Comunicação) do Corpo de Bombeiros.
Ele tem sido “provocado” há muito tempo para entrar na política. No ano passado, refundou o Projeto Político Militar (PPM), com a intenção de lançar o maior número possível de candidatos aos cargos de Prefeito, Vice e Vereadores nos 78 municípios capixabas nas eleições de 2020. Teve o apoio do estrategista político Aldeci Carvalho, o mesmo que trabalhou na campanha vitoriosa do agora senador Marcos Do Val (Podemos).
Esse viés político e o carisma de Wagner junto à sociedade chamaram a atenção da classe política e hoje ele é disputado pela maioria dos partidos. O assédio cresceu a partir deste ano, com o apoio do senador Marcos Do Val e do deputado estadual Josias Da Vitória (Cidadania).
“O senador Marcos Do Val e o deputado Da Vitória são dois grandes incentivadores para que eu entre nessa campanha. A todas as pessoas que me incentivam, todavia, eu respondo que o momento é de conversar com a sociedade, até mesmo pelo respeito que devemos ter com as pessoas por conta da pandemia do novo coronavírus. É o que estou fazendo: ouvindo as angústias e as demandas da população canela-verde”, diz Wagner.
“Pelo que recebo de demandas na plataforma virtual que criei, a população de Vila Velha quer melhoria da qualidade de vida. Vou continuar escutando as pessoas por meio dessa plataforma e em breve criaremos outra. Tenho até 26 de setembro para decidir, escolher um partido e registrar ou não a candidatura”, explica Wagner.
Como militar, ele não pode se filiar previamente a um partido neste momento. Tem que obedecer a legislação específica para militares. Wagner, porém, já tem convites do PSB, do governador Renato Casagrande; do PSL, do deputado estadual Coronel Quintino. Recebeu convite pessoal formulado pelo presidente Nacional do Avante, o deputado federal Luís Tibé, que é de Minas Gerais.
Wagner é também assediado pelo DEM, Cidadania, PDT, Podemos e Patriota: “Na hora certa farei a escolha. O importante são as ideias, os projetos. O importante é que todos tenham como objetivo fazer projeto de governo para escutar todas as comunidades. Vila Velha tem muitos problemas. Cada região tem suas particularidades, além dos problemas macros”, diz Wagner.
O tenente-coronel Wagner, ao longo deste ano, deu visibilidade às ações do Corpo de Bombeiros. Com uma comunicação fácil e objetiva, ele foi o responsável por levar à população capixaba informações acerca da tragédia provocada pelas fortes chuvas de janeiro de 2020. Cidades foram destruídas e dezenas de pessoas morreram no Espírito Santo. A tragédia também deixou milhares sem casa.
Todos os dias, lá estava Wagner nas TVs, rádios, jornais, sites e outros meios de comunicação, tentando levar tranquilidade às pessoas e fazendo apelo para solidariedade, no sentido de levar ajuda aos necessitados.
Quem imaginou que ele fosse ter sossego, se enganou. No início de março surgiu a pandemia do coronavírus. Coube também ao tenente-coronel Wagner, junto com outras autoridades, falar sobre o assunto e fazer apelos para a necessidade do isolamento social, uso de máscaras e higienização.
Com duas férias vencidas, ele espera poder tirar uns dias de descanso a partir de agosto, já que a pandemia está dando se reduzindo no Estado.
“Já que o Mapa de Risco está dando uma melhora significativa no Espírito Santo, poderei entrar de férias”, diz Wagner.
De férias ou não, ele tem uma missão: “Estou buscando informações com quem vive os problemas nos bairros de Vila Velha. Não podemos resolver problemas pela ótica apenas do gestor. Tem que ser pela ótica das pessoas. Por isso, pretendo abrir novos canais de plataformas digitais para interagir com os cidadãos”, informa Wagner, que é membro da Comunidade Batista Cristão de Itapoã.