Você sabia que apenas uma a cada 20 pizzas de queijo vendidas no Reino Unido contém queijo? As outras 19 vão com um preparado artificial de mesmo sabor. Se sua opção for pelo presunto saiba que a chance de receber o que comprou é de apenas 50% – poderá vir um preparado de restos de peru triturados e compactados.
No Butão e no Sri Lanka uma poderosa empresa ocidental decidiu testar um novo tipo de vacinas em crianças, matando várias. Na África recente pesquisa constatou que 90% dos veículos para lá exportados são perigosos para a saúde.
Por falar em saúde descobriu-se que os europeus gastam por ano 10,5 bilhões de Euros em medicamentos falsificados. E que na Arábia Saudita aplicou-se “botox” – sim, a popular toxina botulínica – em camelos a fim de que, mais belos, alcançassem maior preço em dado evento.
Na China descobriu-se que uma empresa farmacêutica vendeu mais de 12 mil lotes de um produto de plasma sanguíneo contaminado com HIV. Vem também daquele país o caso das vinte toneladas de frango cujo prazo de validade se esgotara na década de 1960 – 53 anos antes – e que estavam sendo comercializados normalmente.
Nos EUA um sítio eletrônico especializado em análise de estabelecimentos de hotelaria aconselhou a uma mulher que havia sido estuprada em um deles que deixasse sobre o mesmo um comentário de “muito ruim”. Não nos esqueçamos, evidentemente, dos acidentes aéreos causados pela má qualidade de algumas aeronaves norte-americanas vendidas pelo planeta afora.
Na Turquia descobriu-se uma empresa especializada em fabricar coletes salva-vidas que simplesmente não boiavam, todos vendidos aos imigrantes que têm morrido aos milhares fugindo dos horrores que o tão cristão Ocidente lhes impõem em seus países de origem.
Aqui mesmo no Brasil uma grande empresa decidiu que um carregamento de frango contaminado, devolvido após ser considerado impróprio para consumo pelas autoridades do Reino Unido, deveria ser vendido aos brasileiros – crianças incluídas.
Eis aí um quadro merecedor de reflexão. Afinal, a vender tais produtos estão pessoas instruídas, muitas vezes detentoras de vastos recursos materiais – e a fiscalizá-las habitantes do mundo das leis, não menos preparados e ainda revestidos de todas as garantias legais. Como explicar-se este estado de coisas, então?