A Polícia Federal garantiu nesta segunda-feira (24/06) que o Inquérito Policial instaurado para investigar possível participação de terceiros no atentado sofrido pelo então candidato a Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL), ainda está em andamento e não há nenhuma conclusão.
A afirmação foi feita para desmentir informação publicada na coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo, segundo a qual o advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, que faz a defesa de Adélio Bispo dos Santos, autor do atentado a Bolsonaro, teria assumido o caso gratuitamente para “faturar com os holofotes de um caso supermidiático”. Adélio era militante do Psol quando tentou matar Bolsonaro:
“Temos um Inquérito Policial ainda em curso que objetiva apurar a participação de terceiros, mas sem qualquer conclusão neste sentido até agora”, frisou ao site Blog do Elimar Côrtes o delegado federal Rodrigo Morais Fernandes, responsável pela investigação do atentado.
Segundo O Globo, a informação de que Zanone não cobrou honorários na causa consta no relatório de investigação da Polícia Federal, que está em fase de conclusão.
O delegado Rodrigo Morais Fernandes desconhece a fonte da informação de O Globo. Porém, pondera que, para afirmar o que diz o jornal carioca, teria que ter acesso ao telefone celular do advogado Zanone Júnior, cuja análise encontra-se suspensa por força de decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
Em 28 de fevereiro deste ano, o desembargador federal Néviton Guedes, do TRF-1, concedeu mandado de segurança para suspender as perícias e as investigações iniciadas a partir do material apreendido no escritório e em estabelecimentos comerciais do advogado Zanone Júnior, que defende Adélio Bispo de Oliveira, o homem que esfaqueou o presidente Jair Bolsonaro.