Criador do Estado Presente, um dos mais eficientes programas de segurança pública do País nas últimas décadas – segundo o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) –, o ex-governador do Estado Renato Casagrande (PSB) anunciou, na tarde de segunda-feira (26/03), sua pré-candidatura ao governo do Espírito Santo. O anúncio foi feito durante uma coletiva à imprensa e transmitido por sua página oficial no Facebook. “Precisamos de um projeto que tenha responsabilidade com o dinheiro público e também com as pessoas”, afirmou Casagrande.
Ele explicou que após o término do seu mandato de governador, em 31 de dezembro de 2014, ficou praticamente dois anos sem fazer movimento política no Estado. “Achei que devia me afastar um pouco da militância política. Um ex-governador deve dar ao novo governante toda liberdade para que ele possa desenvolver seus projetos e tocar a gestão. E foi o que fiz”, argumentou.
“Em abril do ano passado, retomei as caminhadas pelos municípios. Visitei várias cidades, conversei com muitas pessoas do interior e da Grande Vitória, discutindo propostas. Eu poderia até ter tomado uma decisão mais confortável no processo eleitoral, como várias pessoas chegaram a me sugerir. Mas, muitos avaliaram e eu também, que tenho uma missão a contribuir com o Espírito Santo, tenho uma tarefa a desenvolver no Estado, tenho compromissos efetivamente com a população capixaba de retomarmos o desenvolvimento”, afirmou Casagrande.
Durante a conversa com a imprensa, o ex-governador destacou que nos últimos três anos o governo do Espírito Santo paralisou suas atividades na geração de oportunidades. “Então, o meu papel, a minha missão é de ajudar a construir um movimento que possa retomar o desenvolvimento, que possa retomar o dialogo com as entidades”, disse.
Segundo ele, sua missão é contribuir efetivamente para a retomada do diálogo e das parcerias com as entidades empresariais e sociais, municípios, Câmaras de Vereadores e partidos políticos, porque ninguém consegue construir nada sozinho.
Renato Casagrande destacou ainda que uma administração pública precisa ser justa e gerar oportunidades. A população precisa ser tratada com muita sensibilidade, dispondo de serviços públicos de qualidade. “É muito bom que a gente possa compreender que o papel da política é o papel de se produzir justiça e qualidade de vida. A gente tem que retomar esse papel do Estado, para que ele possa atender de fato as pessoas que mais precisam da administração pública”, disse.
O ex-governador explicou que sua pré-candidatura tem justamente esse objetivo: colaborar com a consolidação de um movimento novo na política e na administração do Espírito Santo. Um movimento que priorize as pessoas que mais precisam. Para isso, segundo Renato Casagrande, vai intensificar, a partir de agora, o diálogo com as forças políticas que, assim como ele, querem construir um Espírito Santo que olhe com responsabilidade para as contas públicas e ao mesmo tempo para as pessoas.
“E é por isso que, a partir de agora, coloco meu nome como pré-candidato a governador do Espírito Santo”, ponderou Casagrande.
O anúncio de sua pré-candidatura, segundo Casagrande, não encerra o diálogo com as outras forças políticas. “Continuarei dialogando com os pré-candidatos que tenham o mesmo objetivo que temos. Com esse tempo de caminhada e conversas que a gente já teve no Estado, pude identificar os pilares necessários à elaboração de um programa de governo a ser apresentado na hora da campanha aos capixabas. São eles: compromissos com a ética e transparência; democracia de alta intensidade; responsabilidade fiscal e social; desenvolvimento regional; sustentabilidade; e gestão moderna e inovadora”, disse Renato Casagrande, confirmando, assim, o que ele já havia dito, em entrevista exclusiva ao Blog do Elimar Côrtes, em 4 de janeiro de 2018.
Em setembro de 2014 – último ano do governo Casagrande –, o Espírito Santo conseguiu 100% de aprovação com o Programa Especial de Segurança Cidadã, mais uma das etapas do Estado Presente e voltado a reduzir os índices de homicídios e roubos, apresentado ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A parceria entre governo do Estado e BID está sendo de U$ 70 milhões (sendo U$ 56 milhões de financiamento) para ações que tenham como objetivo principal a redução da violência juvenil. Os recursos estão sendo liberados agora em 2018, porque, ao assumir o governo em janeiro de 2015, o governo Paulo Hartung suspendeu o projeto, reativando-o posteriormente.