Cloves Álvares da Silva é delegado de Polícia Federal aposentado. Iniciou sua carreira na PF como escrivão na década de 70. Dez anos depois de ingressar na instituição passou no concurso para Delegado e em 1988, aos 54 anos, se aposentou.
Contudo, bem antes da sua aposentadoria, o delegado começou a escrever o livro “Decodificando Símbolos Bíblicos”. O próprio autor não sabe ao certo nem como nem por que iniciou a escrita, mas durante 30 anos da sua vida ele buscava inspiração para escrever um pouco sua obra.
E sua principal inspiração vinha das entrequadras de Brasília. Morador das quadras da 106 e 304 Sul, Álvares andava por horas entre os blocos buscando as ideias e explicações para seus questionamentos.
O livro começou a ser escrito enquanto ainda trabalhava no Serviço de Legislação. “Era muito trabalho na época, mas na hora de descanso eu buscava tempo para escrever”, relembra o delegado. Ainda na época de escrivão ele teve contato com a obra do autor Jiddu Krishnamurti, que descrevia cada parte da Bíblia de forma racional.
Por meio do profundo estudo de Krishnamurti, Álvares reuniu sua leitura e resolveu aplicá-la aos ensinamentos da bíblia.
Sobre a obra
“Decodificando Símbolos Bíblicos” é um livro que pode interessar não só as entidades religiosas, mas também as pessoas em geral e entidades de outras culturas, tendo em vista que as ideias centrais, contidas nos símbolos das grandes religiões, inclusive do Oriente, revelam-se praticamente as mesmas em todo Mito.
O leitor irá constatar que o Criador dos Humanos do 6º dia é Eloim, Deus da Natureza, ou Eloá, a própria Natureza, ou seja, o próprio Universo, que é sabidamente vivo, vívido. Por isso, a ‘imagem e semelhança dos Humanos com o Criador’ acontece é com o próprio Universo Objetivo, cuja imagem foi descrita logo de início, nos 25 primeiros versículos do livro de Gênesis, até porque, é preciso convir, não seria jamais possível retratar a sua imagem, por ser ele infinito por natureza e definição, senão através dessa descrição.
Com isso, ele vai ficar sabendo inclusive que a chave, para a decodificação desses símbolos míticos, bíblicos ou outros, foi adrede colocada pelo seu autor, nos versículos 26 e 27 seguintes, ao afirmar que o Criador estava criando o Humano à sua imagem e semelhança, ou seja, como um Micro Universo Humano, e não à imagem e semelhança do tradicional ancião de barbas brancas, como se tem entendido até hoje, até porque seria então uma imagem e semelhança em sentido contrário, onde ele, Criador, é que seria parecido com os Humanos.
E, por se tratar de Mito, o leitor irá constatar também que os pontos ou acidentes geográficos, mencionados nele, não se referem àqueles da Terra, como parece, mas apenas simbolicamente ao Corpo Humano, ou seja, ao Micro Universo Humano, à maneira do que acontece no Macro Universo Objetivo.
Assim, a palavra monte, como no caso do monte Olimpo na Grécia, do Sinai ou do Orebe no deserto bíblico, ou do Himalaia na Índia, representa, não o acidente geográfico, nomeado como tal, mas a parte mais elevada do Micro Universo Humano, a cabeça, onde se situa, biologicamente, segundo a Bíblia, a morada de Deus nos Humanos, ou seja, tudo à maneira do que ocorre no Macro Universo Objetivo, onde Deus tem universalmente reconhecida a sua morada no mais alto dos céus. E daí por diante. Vai ser mesmo não só instrutivo, mas ao mesmo tempo muito emocionante, creio.
O leitor vai ficar sabendo ainda que Mito não é nada de inverídico ou lendário, como se passou a pensar, em face do progressivo avanço da racionalização humana, com o desenvolvimento da Filosofia, das Letras, das Artes e das Ciências, mas uma composição sofisticada que, embora vazada numa linguagem hermética, cifrada, tinha como objetivo, além de despertar desde logo a Fé das pessoas, através de seu enredo em estilo novelesco, cheio de episódios milagrosos, vir transportando em seu interior, através das Eras, aquelas Verdades fundamentais sobre a natureza, constituição e destino humanos, a serem futuramente reveladas pela Razão humana, como acontece agora, já de certa forma bastante tardia, em relação ao grande sucesso das Ciências, da Tecnologia e da Informática.
O autor agora se prepara para lançar o livro traduzido para a língua inglesa e lançar a obra em outros países. Para ele, ter o livro em uma língua quase que universal pode abrir portas para novos trabalhos.
(Fonte: Portal da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal)