A Confederação Brasileira de Servidores Policiais Civis (Cobrapol) acaba de divulgar, em Brasília, o quadro com o demonstrativo do ranking do piso salarial por Estado e o Distrito Federal dos policiais civis que atuam nas atividades operacionais de todo o Brasil. Divulga também um comparativo do efetivo provido dos policiais e do número de habitantes.
O menor piso é pago pela Paraíba, no valor de R$ 2.540,19. O maior piso é do Distrito Federal, de R$ 8.698,77, seguido pelo Amazonas no valor de R$ 6.248,59. Os maiores estados brasileiros em população, São Paulo (39.827,570 habitantes), Minas Gerais (19.273.506 habitantes) e o Rio de Janeiro (15.420.375 habitantes), possuem piso respectivamente de R$ 3.500,00; R$ 4.098,39; e $ 3.967,45.
O ranking da Cobrapol leva em consideração os policiais que ocupam o cargo de Investigadores. Poucos são os Estados que ainda há as figuras dos Investigadores e Agentes de Polícia. Este é o caso ainda do Espírito Santo. Embora desempenhem as mesmas atividades – inclusive as operacionais –, os dois cargos têm salários diferentes. O Investigador no Espírito Santo tem salário inicial de R$ 4.348,72, enquanto o agente de Polícia recebe apenas R$ 3.100,00 por mês. A tabela da Cobrapol leva em consideração o salário inicial do Investigador, o que coloca o Espírito Santo entre os 10 primeiros estados no ranking salarial.
A tabela traz duas incorreções sobre o Espírito Santo: a população do Estado, de acordo com o IBGE em 2014, era de 3.885.049 habitantes; a tabela da Cobrapol fala em 3.351.699 pessoas. Informa ainda que o efetivo previsto de investigadores é de 1.400 profissionais. Na verdade, a Polícia Civil capixaba criou em 2011 1.130 cargos e o número provido chega a 1.148 profissionais, o que dá um excedente de 18 pessoas.
Essas incorreções, no entanto, não tiram o mérito e nem o valor do trabalho que vem sendo desenvolvido pela diretoria da Cobrapol. A divulgação da tabela do piso salarial é de fundamental importância para mostrar à sociedade o que os governos estaduais pagam aos seus policiais responsáveis pelas investigações dos mais diversos crimes, como assassinatos, tráfico de armas e de drogas, assaltos, latrocínio, estupros, crimes cibernéticos; contra o consumidor; meio ambiente; lavagem de dinheiro e outros.
Resumindo: com a exceção do Distrito Federal, que é ajudado pela União, os demais governadores tratam com grande desprezo seus profissionais da área de segurança pública. Uma vergonha!