As redes sociais se tornaram, mesmo, uma armadilha para quem perde o bom senso. Supostos membros da Promotoria Criminal e do Judiciário de Linhares teceram comentários pejorativos e desrespeitosos sobre a morte do cabo da Polícia Militar Solimar dos Santos Paula, 42 anos, que foi enterrado na tarde desta quarta-feira (15/10). Solimar, que estava internado no Hospital Rio Doce, morreu em virtude de pancreatite aguda na noite de terça-feira.
O diálogo foi travado na rede conhecida como whatsapp. As conversas teriam sido feitas por um grupo fechado da Promotoria Criminal e do Fórum de Linhares, que acabaram sendo captadas por policiais do 12º Batalhão da PM (Linhares), onde o cabo Solimar era lotado. Todo teor do diálogo foi encaminhado ao comandante do Batalhão, tenente-coronel Evandro Teodoro de Oliveira. O teor das conversas chegou também ao conhecimento da diretoria da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros (ACS). Os dirigentes da entidade já estavam acompanhando o estado de saúde do policial e tão logo souberam de sua morte foram a Linhares levar solidariedade aos seus familiares:
“A família do cabo Solimar e todos nós, seus colegas de farda, estamos transtornados com a morte do policial, que era muito querido na tropa. Ficamos também estarrecidos com os comentários pejorativos feitos por aquelas pessoas. Estamos à disposição dos familiares do cabo Solimar para tomar as providências que eles acharem necessárias”, informou o diretor Jurídico da ACS/ES, Moábio Washington Mendes, depois de acompanhar o velório e o enterro do policial, em Linhares. Os advogados da ACS/ES já estão à disposição da família do cabo Solimar.
O diálogo, com palavras de baixo calão e desprezo, começou a ser difundido logo após a morte do cabo Solimar e logo causou revolta entre os demais policiais da região. “Trata-se de um desprezo com a vida humana”, disse, indignado, o policial Rosenberg Gama, representante da ACS/ES em Linhares.
O cabo Solimar morava no bairro Interlagos há 15 anos. Era casado e pai de três filhos. Já trabalhou em Vitória, Aracruz, São Mateus, Rio Bananal e Sooretama.
O Blog do Elimar Côrtes teve acesso ao dialogo, mas, em respeito ao cabo Solimar, a seus familiares e a toda Polícia Militar, prefere não divulgar seu teor, de tão baixas são as palavras digitadas pelas pessoas irresponsáveis e que menosprezam a vida e o ser humano. Os nomes das pessoas que participam das conversas também são do conhecimento deste blog. Se o Ministério Público Estadual e o Poder Judiciário quiserem, estão à disposição os nomes e as conversas.