O agora 1º tenente da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo Paulo Araújo de Oliveira tem uma rica história de lutas em prol da corporação e dos colegas de farda. São 27 anos servindo à Polícia de Ortiz. Desde 2006, Araújo preside a Associação dos Subtenentes e Sargentos da PM e do Corpo de Bombeiros (Asses), uma entidade administrada com competência e seriedade, cujo maior patrimônio é a solidariedade entre seus associados.
Conhecido como Araújo da Asses, o 1º tenente busca voos mais altos. Colocou seu nome à disposição do PRTB para disputar a eleição de outubro como deputado. Nesta entrevista, Araújo da fala de suas realizações à frente da Asses e, sobretudo, de sua disposição de lutar por melhorias no setor de saúde da PM e de brigar por uma melhor segurança pública para a população capixaba. Araújo é o primeiro entre os operadores de segurança pública, que vão disputar a eleição de outubro, a ser entrevistado pelo Blog do Elimar Côrtes. O espaço é democrático e aberto a todos.
Blog do Elimar Côrtes – Quantos anos o senhor tem de Polícia Militar?
Paulo Araújo – Minha inclusão como soldado na Polícia Militar se deu em 6 de julho de 1987, perfazendo 27 anos de serviço nesta instituição. Atualmente exerço a função de 1º tenente. Durante minha carreira, trabalhei no Setor de Pessoal da PMES por 18 anos e nos dias atuais estou exercendo a presidência da Associação de Subtenentes e Sargentos da Polícia e Bombeiro Militar, cargo eletivo, desde o ano de 2006 perfazendo três mandatos consecutivos. Exerço também o cargo de presidente do Caxias Esporte Clube desde o ano de 2011; trabalho como Diretor Executivo da Associação de Saúde dos Policiais e Bombeiros Militares do Espírito Santo desde 2006 até a presente data e fui eleito Conselheiro Administrativo do Instituto de Previdência e Assistência Jerônimo Monteiro (IPAJM) no ano de 2013 representando todos os militares estaduais da ativa nesse Conselho.
– Como e quando foram seus primeiros passos como dirigente de entidade de classe?
– Eu participo voluntariamente da Associação dos Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Espírito Santo (Asses) desde quando era aluno sargento, em 1991. Após a minha formatura pude concorrer a minha primeira eleição, me candidatando para um cargo no Conselho Fiscal, sendo eleito nessa primeira oportunidade que ocorreu no ano de 1998. Em 2006 o grupo político a qual pertencia indicou o meu nome para ser candidato a presidente da Asses e concorremos à eleição, saindo vitoriosos com o compromisso de lutar pelos interesses da categoria com transparência e comprometimento, o que temos feito até os dias atuais.
Já estou cumprindo o meu terceiro mandato consecutivo, o que demonstra a confiança que os nossos militares têm na nossa administração. O nosso trabalho é sério, transparente, honesto e voltado para a coletividade e é isso que estamos querendo fazer na Assembleia Legislativa, caso eu seja eleito deputado estadual.
– Quais as principais conquistas da Asses nesses últimos anos?
– Dentre várias conquistas destacamos a Indenização de Fardamento, para que o policial possa comprar seu uniforme; a valorização profissional através da concessão de Medalhas que influenciam na carreira militar; realização de cursos de aperfeiçoamento do policial e bombeiro militar, para prestação de um melhor serviço à sociedade e ampliação de seus conhecimentos profissionais; valorização da carreira militar, com ascensão profissional de nossos valorosos militares e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida; retirada da subjetividade na valorização do militar para promoção, aplicando uma legislação baseada no mérito individual; reavaliação dos testes físicos aplicados aos militares no processo de promoção; valorização do militar da Banda de Música e do HPM (Hospital da Polícia Militar) na reestruturação de suas carreiras.
– Por que o senhor quer ser deputado estadual?
– Porque acredito que o Espírito Santo está no caminho certo e que posso contribuir muito para melhorar a qualidade de vida do povo capixaba, visto a história de luta que tenho à frente da Asses.
Sendo deputado estadual terei a oportunidade de levar essa luta para toda a população, e uma maior proximidade junto ao governo, podendo assim reivindicar novos benefícios que atendam as necessidades que surgirem. Nesse contexto, não posso deixar de falar de segurança pública, uma área ainda carente em nosso Estado, apesar de todo o investimento que está sendo aplicado. Acredito que posso contribuir muito nesse processo com a minha experiência vivida na Polícia Militar e também com a proximidade com os outros órgãos de segurança pública que tenho através do meu mandato à frente da Asses, onde pude identificar as necessidades desses órgãos e onde tenho facilidade de diálogo com esses atores tão importantes na sistemática de segurança.
Além dessa motivação em contribuir com minha experiência e história de luta, acredito que a população, de uma forma geral, anseia por mudanças na condução política de nossa Assembleia Legislativa, e dentro desse espírito de mudança, estou colocando meu nome à disposição para que possamos trabalhar a política de uma forma diferente.
– Que lutas o senhor pretende levar para Assembleia Legislativa caso seja eleito?
– Eu pretendo trabalhar para as necessidades da sociedade capixaba, podendo contribuir, por exemplo, na área da saúde com um projeto já elaborado de Reestruturação do Hospital da Polícia Militar, que muito pode ajudar a comunidade militar e civil do nosso Estado. O HPM já foi referência em cirurgias cardíacas e em diversas especialidades e o nosso projeto pretende resgatar e ampliar os serviços de saúde para a comunidade capixaba. Nessa reestruturação estaremos valorizando o policial militar da Saúde, ampliando seus quadros e estendendo o atendimento em todo o Estado, com a implantação de Unidades de Saúde nas regiões Norte e Sul, pois atualmente o policial militar e seus dependentes, para qualquer tipo de atendimento médico, têm que se descolar até a capital para poder ser atendido.
Outra luta que vou levar para a Assembleia Legislativa é o tema de segurança pública, uma carência a olhos vistos da sociedade capixaba e de todo Brasil. Nesse processo estaremos trabalhando pela valorização dos operadores de segurança pública, atualizando seus vencimentos para que recebam um valor justo pelo trabalho que prestam a sociedade, revendo o sistema Previdenciário desses servidores que hoje está em discussão; trabalhar para implantação de uma carga horária justa, fazendo com que os horários em que o operador de segurança pública, quando representa o Estado nas diversas audiências, flagrantes e outros, sejam recompensados dignamente por esses serviços, o que não ocorre atualmente.
Iremos trabalhar muito para reverter esse quadro e valorizar o serviço policial que é tão importante para uma sociedade mais justa e democrática e consequentemente com reflexos na prestação de serviço de Segurança Pública.
Além dessas lutas e propostas para meu mandato, que acho de suma importância, as outras lutas que surgirem na Assembleia Legislativa para o bem do capixaba terá o meu apoio e meu trabalho.
– O que vimos nos últimos anos é que o militar, geralmente, é eleito com o voto dos colegas de farda, mas quando chega ao poder esquece da categoria. O senhor, se eleito, vai continuar a luta em favor dos militares estaduais?
– Quando fui eleito em 2006 para presidir a Associação dos Subtenentes e Sargentos da Polícia e Bombeiro Militar do Espírito Santo (Asses), levantei uma bandeira, que é a bandeira da justiça, lealdade e do comprometimento com as causas dos nossos militares, e eles depositaram em mim toda sua confiança, e até hoje não os decepcionei. Tenho sido reafirmado nesta Associação por três mandatos consecutivos, o que demonstra que os nossos militares sentem total confiança na minha administração.
Sendo assim, quando estiver na Assembleia Legislativa, e desejo enfatizar nesse momento, nunca abandonarei a minha instituição e seus componentes. Jamais deixarei de reconhecer a confiança depositada em meu trabalho e tenho como característica honrar meus compromissos. Estou me candidatando para trabalhar para o povo capixaba sem esquecer minhas origens. Um homem jamais deve esquecer de onde veio, jamais deve desvalorizar suas raízes.