Com toda a justiça, policiais militares, recentemente, foram elogiados publicamente por suas atuações no Complexo do Bairro da Penha, ocupado por forças policiais há mais de seis meses.Mas, nesta semana, os traficantes já começaram a colocar as asinhas de fora. Fortemente armados, vários “soldados” do tráfico invadiram o morro e obrigaram moradores a sair de suas casas.
Ousados, os traficantes chegaram de madrugada e com caminhões, que eles contrataram para fazer a mudança de quem os bandidos queriam fora da região (atenção: esta informação é deste Blog do Elimar Côrtes e não do Blog Diário de Uma Recruta, que fique bem claro).
A notícia foi relatada em redes sociais onde operadores da segurança pública interagem entre si. Trata-se de uma mensagem respeitosa, em que o autor (ou autora) descreve parte da cena que viu. Mas, fica uma indagação: a Polícia Militar, que está no morro justamente para proteger os moradores, não poderia ter entrado em ação e evitado a expulsão dos moradores?
Atenção: tudo que está publicado daqui para baixo, entre aspas, é do Blog Diário de Uma Recruta:
“Hoje foi um dia atípico. Vários caminhões de mudança sobem o Complexo da Penha. O motivo? Homens, muitos homens, fortemente armados e encapuzados, invadem casas de moradores, obrigando-os simplesmente a abandonarem suas residências. E pior, tinham até as 18h para isso. O aviso foi dado as 3h30 da madruga! Um abuso, não? Mas é a pura verdade. Não acreditaria se me falassem, mas eu VI.
A comunidade estava assustada, não se ouvia outra coisa a não ser o episódio da madrugada. Parceiro, os vagabundos… em bando, todos de preto… os moradores, a princípio, acharam que se tratava de uma operação policial. Até coletes os FDP estavam usando, segundo relatos.
O dia parecia que ia ser longo. Nossa tropa ficou mais desembarcada do que de costume… Não tinha como esperar o cair da tarde para patrulhar os becos e escadarias do morro. Fazia-se necessário encontrar alguma resposta para aquela atitude da vagabundagem. O Copom a todo o tempo dava QTC de disparo de arma de fogo, troca-troca de tiros e até de polícia alvejado. De tudo se ouvia hoje! Mas o que parecia mesmo era que queriam tirar a polícia de pontos chaves do Complexo. Para quê efetivamente? Ainda não sabemos… o que sabemos é que a briga pelo poder do tráfico é grande naquela região. Vagabundo do “Beco Tal”, se juntando com o “Ponto X”, para tomar o “Ponto Y” e por aí vai.
É uma guerra que parece não ter fim. O triste disso tudo é saber que no morro, há muito mais pessoas de bem e é uma banda podre da fruta que prejudica a vida na comunidade. Pessoas de bem sendo expulsas de suas casas, casas essas construídas com muito sacrifício e suor. Merecem essas pessoas passarem pelo que estão passando? Tendo que conviver com essa guerra urbana que formou-se no Complexo da Penha? E tudo isso por conta desses criminosos… desses traficantes de merda… desse câncer da sociedade.
Trabalhamos companheiros. Trabalhamos muito, mas parece que cada vagabundo preso e cada arma apreendida… 10 novos pilantras e mais 10 novas armas brotam. É incrível! Mas estamos aí para isso: eliminar essa raça ruim do mapa! Podem tentar a sorte, porque o azar de vocês é certo… mais cedo ou mais tarde a hora de vocês vai chegar. Esse é o seu destino, esse é o seu carma!
É óbvio que não resolveremos o problema do mundo, mas o que depender de nós – Combatentes de Ortiz – para proporcionar uma maior sensação de segurança para a sociedade… faremos. É a nossa missão, peixe… E não fugimos da guerra!”
QTC de: A Recruta às 21:02 do dia 18 de outubro de 2012.