A falta de memória na imprensa capixaba fez passar “batido”, nas edições dos jornais A Tribuna, Notícia Agora e A Gazeta, na última segunda-feira, um assassinato que já está mexendo com a polícia e o Judiciário capixaba. Uma semana depois que o Tribunal de Justiça anunciou que ainda este ano os assassinos da colunista social Maria Nilce dos Santos Magalhães, assassinada na manhã do dia 5 de julho de 1989, na Praia do Canto, quando tinha 48 anos de idade, o piloto Marcos Egydio Costa, que deu fuga em seu avião aos pistoleiros, foi assassinado com quatro tiros.
A Polícia Civil trabalha com a hipótese de Marcos Egydio, que tinha uma vasta ficha criminal na Justiça, tenha sido vítima de crime de mando e foi morto como queima de arquivo. A família de Marcos era dona de uma empresa de táxi aéreo.
Marcos já havia sido condenado pela morte da colunista social e iria depor na Justiça este ano, quando outros acusados do crime vão a júri popular. Marcos Egydio respondia processos por outros homicídios e tráfico de drogas na Justiça Estadual.
O piloto Marcos Egydio foi assassiandopor volta das 3 horas de domingo (22/01), na Avenida Abdo Saad, bairro Enseada de Jacaraípe, em frente a um supermercado. Ele levou seis tiros quando estava dentro do Bar Esquinas, de sua propriedade.
No dia 5 de setembro de 2006, Marcos Egydio e o empresário José Alayr Andreatta, acusado de ser o mandante do assassinato de Maria Nilce, foram julgados pelo crime e condenado a 13 anos de prisão. Atualmente, o processo estava em grau de recurso no Tribunal de Justiça.
Outros acusados do crime, o ex-policiais civis Romualdo Eustáquio da Luz Faria, o Japonês, e o César Narcizo da Silva, apontados como sendo os assassinos da jornalista, ainda vão a julgamento. Outro acusado, José Sasso, já morreu envenenado numa prisão do Estado.