Será realizado no período de 17 a 21 deste mês (outubro) o Curso Nacional de Promotor de Policiamento Comunitário Sistema Koban, que terá a participação de 50 militares capixabas. As aulas serão no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, em Vitória. O curso é realizado segundo o acordo de cooperação técnica celebrado entre o Ministério da Justiça e o Governo do Espírito Santo.
A abertura, às 08h30, contará com a palestra ‘Polícia Interativa e Sistema Koban’, com o tenente coronel Jailson Miranda. Ele vai abordar a experiência dos policiais capixabas que viram na prática o funcionamento do sistema no Japão.
Participarão do curso, policiais que já atuam com o policiamento comunitário nos batalhões da Região Metropolitana da Grande Vitória e também militares do interior do Estado.
O objetivo é que após o curso eles gerenciem as bases comunitárias dentro da filosofia do Sistema Koban, e atuem na mobilização social das lideranças comunitárias. Este é o segundo curso realizado no Estado em 2011, o primeiro foi em julho quando se formaram 50 militares gestores deste sistema.
Sistema Koban
O sistema Koban, adotado no Japão, segue a ideia de descentralização territorial e seu funcionamento é parecido com os Postos Comunitários de Segurança, no Brasil.
O critério para sua instalação e localização é técnico, estabelecido pela polícia para que garanta o atendimento às pessoas que o procurem e para manter um nível satisfatório de ordem.
Estes postos policiais (Kobans e Chuzaishos) funcionam 24 horas por dia. Os japoneses também acreditam que os maiores e melhores recursos da polícia devem estar alocados na linha de frente.
A filosofia tem como fundamento o estreitamento de relações entre polícia e comunidade, e a autonomia do policial em sua região, onde atua como um “mini-chefe” de polícia descentralizado em patrulhamento constante, trabalhando como solucionador dos problemas da comunidade, para garantir segurança e paz.
No Brasil, a filosofia do Sistema Koban aplicada na Polícia Militar de São Paulo ajudou na redução dos índices de 37,7 homicídios por 100 mil habitantes em 1999, para 10,4 em 2010. (Informações do site da PMES).