Deu no Gazeta Online no dia 10 de setembro de 2011:
– Um homem foi preso na manhã deste sábado, dentro de uma agência do Banestes, em Cobilândia, Vila Velha, logo após instalar equipamento eletrônico que rouba dados de correntistas. Um notebook e um alicate foram apreendidos. Segundo a Polícia Militar, o equipamento armazenaria senhas e contrassenhas dos clientes, que seriam futuros alvos.
Segundo policiais militares, Rafael Ferreira Nogueira, 27, é de São Paulo e teria a ajuda de um comparsa, que não foi capturado, pois havia saído da agência antes da polícia chegar.
Rafael negou o crime, mas toda a frente do caixa havia sido trocada. Tanto carcaça da máquina, quanto o computador foram apreendidos. Os militares foram acionados pela gerência de segurança do banco, que descobriu a ação da dupla pelo sistema de videomonitoramento. Rafael já havia sido preso em São Paulo por furto.
Rafael teve a coragem de dizer que esta é a primeira vez que vem ao Espírito Santo. Veio, segundo ele, para acertar detalhes da compra de um carro. Rafael mente, como todos os golpistas: ele já esteve por aqui aplicando golpes. Foi preso aqui em maio deste ano pela nossa briosa Polícia Civil. Já foi preso no Rio de Janeiro também pelo mesmo golpe. Tomara que, desta vez, a Justiça o mantém na cadeia. Leiam abaixo mais datalhes sobre o vigarista Rafael.
Deu no Gazetas Online no dia 11 de maio de 2011:
A Polícia Civil estourou um laboratório de fabricação de aparelhos conhecidos como “chupa-cabra”, usados por uma quadrilha especializada em clonar cartões de banco, na noite de terça-feira, em Itaparica, Vila Velha. O bando arrombava os caixas eletrônicos e adaptava os dispositivos para captar dados dos clientes.
Glauco Danilo Tenente dos Santos, 26 anos; Rafael Ferreira Nogueira, 28; João Moreira da Silva, 40; e Juceli Geri da Silva, 45, agiam há pelo menos um ano na Grande Vitória, segundo a polícia. Glauco e Rafael são de São Paulo; João, de Goiás; e Juceli é capixaba. outros dois integrantes do grupo são procurados pela polícia.
“O Banestes detectou nas imagens do circuito interno o momento em que o grupo retirava parte do caixa eletrônico e instalava o dispositivo. Com as imagens, demos início às investigações”, disse o delegado Márcio Braga, da Divisão de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio.
O laboratório foi montado em um apartamento alugado, em Itaparica. Ali fabricavam-se os “chupa-cabras” e eram feitas adaptações em câmeras que copiavam as senhas das vítimas.
Após coletarem os dados nos caixas eletrônicos dos bancos, as informações eram repassadas para cartões, usados para fazer saques nas contas dos clientes.
No laboratório, os policiais apreenderam cerca de mil cartões em branco, uma máquina de impressão de dados em cartões, pedaços de terminais eletrônicos e diversos equipamentos eletrônicos para captação de dados. Três carros de luxo que eram usados pelos suspeitos também foram apreendidos.
A Caixa Econômica Federal informou à polícia que pelo menos três clientes que tiveram saques indevidos das contas foram vítimas da quadrilha. Os casos serão investigados pela Polícia Federal, por tratar-se de instituição federal.
Nas agências do Banestes, o caso será investigado pela Polícia Civil. (Glacieri Carraretto)
A polícia diz que os ladrões arrancavam parte da carenagem do terminal eletrônico e levavam para o laboratório, onde implantavam o chupa-cabra.
O chupa-cabra era instalado abaixo do teclado do caixa eletrônico. Câmeras de aparelhos MP5,sobre esses teclado e gravavam imagens .
Os dispositivos registravam as senhas e os dados dos clientes que usavam o terminal. Os dados copiados eram então repassados para computadores e aplicados em cartões em branco. De posse desses cartões, os bandidos sacavam valores em dinheiro dos clientes
Deu no O Globo em janeiro de 2011:
As prisões de seis assaltantes que tentavam instalar “chupa-cabras” — leitores de cartões magnéticos — em caixas eletrônicos em três diferentes pontos do estado, no fim de semana, mostraram que quadrilhas de São Paulo passam feriados, sábados e domingos no Rio. O objetivo é clonar cartões e roubar senhas eletrônicas de bancos. Um dos bandos sacou R$1,2 milhão nos últimos três meses. As prisões revelaram ainda uma evolução no crime: celulares instalados em telefones dos terminais redirecionam as ligações para os bandidos, que anotam senhas dos clientes e, com isso, transferem valores pela internet. Desde janeiro, sete grupos foram desarticulados no Rio.
No domingo, policiais da 16ªDP (Barra da Tijuca) prenderam Jair Almeida de Queiroz, de 43 anos, e Fábio Albuquerque Nacaratto, de 31, que instalavam o sistema de clonagem na agência Itaú da Praça Euvaldo Lodi, na Barra. Houve troca de tiros e dois cúmplices fugiram. O bando, que era monitorado há três meses, atuava em todo o estado. Segundo a polícia, nesse período, a quadrilha sacou R$1,2 milhão.
Com a dupla, foram apreendidos 12 cartões de crédito e três celulares. Além disso, foi recolhido um leitor de cartão.
— Eles atuavam nos fins de semana, das 10h às 14h. Há registros de casos nas agências do Itaú da Avenida Sernambetiba, da Praça Euvaldo Lodi, além de Copacabana e Campo Grande — disse o delegado Robson Pereira, da 16ª DP.
Horas após a prisão, o estagiário de Direito Rodrigo Pascoalotti, de 31 anos, com carteira da OAB de São Paulo, foi à delegacia, ofereceu R$35 mil para o delegado soltar os dois e foi preso por corrupção ativa.
Além de fazerem saques de R$500 — valor máximo permitido pelo banco — e transferirem dinheiro para outras contas, os criminosos também pagaram multas e IPVAs de São Paulo. Jair e Fábio foram autuados por estelionato, formação de quadrilha e corrupção ativa. Se condenados, a pena vai de quatro a 20 anos de prisão. Para Rodrigo, a pena varia de um a três anos de prisão.
No sábado, João Victor Chagas, de 21 anos, e Renan Queiroz de Almeida, de 25, foram presos tentando instalar o leitor em terminais da Caixa Econômica Federal (CEF) no Botafogo Praia Shopping. Para serem soltos, ofereceram R$20 mil a policiais da 12ª DP (Copacabana): foram autuados também por corrupção ativa.
Em Cabo Frio, também no sábado, foram presos Rafael Ferreira Nogueira, de 27 anos, e Carlos Eduardo de Oliveira, de 26, quando tentavam instalar um chupa-cabra numa agência da CEF.
— Estamos investigando se essas quadrilhas têm alguma ligação entre si — disse o titular da Delegacia de Roubos e Furtos, delegado Roberto Nunes.
No primeiro semestre de 2010, houve redução de 40% nos casos de furtos a instituições financeiras: foram 15 casos — nove somente na capital —, contra 25 no primeiro semestre do ano passado.
— As instituições bancárias negligenciaram (esses golpes). Os bancos limitavam-se a ressarcir os clientes e não os incentivavam a registrar o furto. E, nesse meio tempo, os golpes evoluíram — disse o delegado Roberto Nunes.
Ele contou que, nos últimos cinco anos, as quadrilhas — que também vêm do Paraná, de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Espírito Santo, estados onde há fábricas de caixas eletrônicos — deixaram de arrombar os equipamentos para roubar o dinheiro e passaram a instalar sistemas de clonagem de dados. Agora, colocam celulares dentro dos telefones de atendimento ao cliente. Ao ver que o cartão ficou retido, o correntista aciona o serviço de atendimento do banco, que na verdade o liga à quadrilha. A atendente, então, anota as senhas e os dados do cliente e diz que o problema será resolvido em alguns dias.
Com os cartões e as informações em mãos, os ladrões pagam contas, fazem saques e transferências de valores.
— Essas quadrilhas atuam fora de seus estados para dificultar as investigações. Alguns dos bandidos já trabalharam nas empresas que montam os caixas eletrônicos — disse Nunes.
Segundo a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), sempre que o golpe é aplicado, a direção do banco cobra do fabricante um novo mecanismo de segurança para o caixa eletrônico.
//////////////
Conclusão: com a palavra o Judiciário brasileiro. Toda vez que Rafael Ferreira Nogueira for solto, certamente ele vai aplicar novos golpes.