Entre sábado (22/08) e esta terça-feira (30/08) de manhã, foram registrados 31 assassinatos em todo o Estado, segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp).
Somente na Grande Vitória foram 22 homicídios. Os criminosos, definitivamente, estão ignorando o governo Estadual, as polícias Militar e Civil e a Justiça. Ou seja, não estão dando a mínima para o Estado Democrático de Direito.
Em Vila Velha, há mais de 24 horas que traficantes vêm impondo suas próprias leis no bairro Dom João Batista, que fica perto de Paul. Eles fecharam as portas do comércio e de escolas.
Quem manda no bairro é o tráfico. O Estado lá está ausente. Motivo: os bandidos impõem seu poder, sintetizado num toque de recolher, por causa da morte do líder do tráfico da região, que foi assassinado por grupos rivais.
Algo tem que ser feito imediatamente pelos gestores da segurança pública do governador Renato Casagrande. As polícias Militar e Civil e a Secretaria de Estado da Segurança Pública não podem ficar em silêncio, como senão tivessem responsabilidade pelo problema grave, que é o registro de 31 assassinatos em menos de três dias e vários assaltos nas ruas.
É como se o Espírito Santo estivesse vivendo uma guerra civil, que já foi, inclusive, admitida pelo secretário Henrique Herkenhoff. Só que numa guerra civil os governantes chamam o Exército. Aqui, vamos chamar quem?
Temos polícia, mas que gosta muito de trabalhar em gabinetes. Está na hora do próprio governador Casagrande chamar seus gerentes da área de segurança pública e dar uma ordem: colocar todo o efetivo nas ruas.
Bandido só respeita uma lei, governador: a lei da repressão. Basta de discurso. Basta de sociologismo. A população precisa é de polícia nas ruas.