A Polícia Civil do Espírito Santo investiga a participação de três advogados criminalistas e cinco agentes penitenciários acusados de ligação com a quadrilha do atual chefão do tráfico de Vila Velha, identificado como Geovani Monteiro, 25 anos.
O traficante Geovani é apontado pela polícia como assassino perigoso e fugiu pela porta de frente do Centro de Detenção Provisória de Viana há menos de um mês, depois de subornar agentes penitenciários. Esta é a segunda vez que o bandido foge da cadeia. Na primeira vez, ele usou o alvará de outro preso para voltar às ruas.
Geovani é suspeito de integrar uma quadrilha responsável por mais de 50 assassinatos nos bairros do Ibes, Santa Inês e Jardim Guaranhuns, em Vila Velha.
A Polícia Civil descobriu que um dos advogados entregou a Geovani a cópia do flagrante de um assassinato ocorrido em Vila Velha, em que três testemunhas citam o traficante o assassino.
Depois que fugiu pela última vez da cadeia em Viana, Geovani mandou recado aos seus rivais e às testemunhas que prestaram depoimento na Polícia Civil, dizendo que vai “matar todo mundo”.
Para a Polícia Civil, os três advogados – um deles já foi diretor de um dos presídios de onde Geovani fugiu – estariam ajudando Giovani a praticar crimes e a fugir da cadeia. Já os cinco agentes penitenciários estão sendo investigados por darem fuga a Geovani. Eles teriam recebido propina de mais de R$ 100 mil do traficante.
“Ele (Geovani) é um psicopata. Ele queria matar um garoto só porque olhou para ele e não matou porque, por um acaso, passou uma viatura da Polícia Militar. É uma pessoa perigosa, que estava com um armamento bem perigoso e estava comprando mais armas. Ele quer, de qualquer maneira, dominar o tráfico na região do Ibes e Jardim Guaranhuns”, disse o delegado José Lopes ao site do Gazeta Online, no dia 21 de julho. Lopes é delegado da DP de Crimes contra a Vida de Vila Velha.