O governador Renato Casagrande, que entrou de férias nesta quinta-feira (21/07), vai nomear novos 320 investigadores da Polícia Civil até o dia 29 de julho.
A informação foi dada pelo próprio Casagrande em conversa com os deputados estaduais Josias Da Vitória e Luiz Durão, que são integrantes da Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa, e ao presidente licenciado da Associação dos investigadores da Polícia Civil, Júnior Fialho.
Os três conversaram com Casagrande durante café da manhã, nesta quinta-feira, no Palácio Anchieta. Na conversa, Casagrande disse que está retornando das férias no dia 28 de julho. Nesse dia ou no dia 29, ele anunciará, então, o ato de nomeação dos investigadores.
Segundo Júnior Fialho, após a publicação do nome dos 320 nomeados no Diário Oficial do Estado, eles passam a ter até 30 dias para entregar documentos à Polícia Civil e realizar exames médicos.
Depois, será publicada a posse dos novos investigadores. Após a posse, eles farão um curso de reciclagem por 40 dias, na Academia de Polícia Civil, para, enfim, começar a trabalhar.
SAIBA MAIS
Foram 18 anos de espera, de luta e de batalha judicial. A luta atravessou cinco governos – Albuíno Azeredo, Vitor Buaiz, José Ignácio Ferreira e Paulo Hartung (duas vezes). Finalmente, coube ao atual governador, Renato Casagrande, encontrar uma solução pacífica e inteligente para a situação.
Graças a Casagrande e ao deputado estadual Gilsinho Lopes, 420 pessoas que fizeram concurso de investigador há 18 anos e que participaram de formação para exercer a profissão, agora vão ser nomeadas para a Polícia Civil.
Na sessão extraordinária desta terça-feira (19/04), a Assembleia Legislativa (Ales) aprovou o Projeto de Lei nº 107/2011, do Governo do Estado, que dispõe sobre a criação de cargos na estrutura da Polícia Civil.
A lei visa à nomeação de 420 aprovados em concurso público em 1993, que chegaram a cursar a Academia de Polícia Civil (Acadepol), mas não foram nomeados.
De acordo com o texto do projeto, além de conter a informação da criação de 220 cargos de investigador de Polícia Civil e a efetivação do compromisso com os aprovados no concurso, o texto prevê ainda que o acordo contemple os que ajuizaram ação até a edição da lei.
Com isso, totalizam 420 novos investigadores para serem efetivados, que vão suprir, principalmente, a carência de policiais nas cidades do interior do Estado, já que o número da violência tem crescido nessas regiões.
“Os concursados que serão chamados são os que entraram na Justiça, já que nem todos os que participaram do concurso de 1993 tiveram esse posicionamento. Esses ficam como se o concurso tivesse prescrito”, enfatiza Alessandro Victorio, que falou em nome dos concursados.
O concurso, inicialmente, previa 305 vagas de investigadores. Entretanto, por causa de equívocos no edital, mais de mil candidatos tiveram que fazer o curso de investigador na Acadepol.
Em 1995, já no governo de Vitor Buaiz (PT), 305 aprovados foram nomeados. Mais de 700 pessoas acabaram entrando na Justiça para também serem nomeadas. Somente em 2002, já no governo de José Ignácio, o Estado nomeou mais 135 candidatos.
Já em 2009, a Justiça determinou a nomeação de mais uma turma. O governo passado convocou candidatos, mas de maneira aleatória, sem levar em conta a lista de classificação. Neste caso, uma pessoa que estava na última colocação do concurso foi chamada pelo governo de Paulo Hartung.
Os anos se passaram e nenhum político lutou para a nomeação dos concursados.
Conforme o Blog do Elimar informou em postagem no dia 18 deste mês (segunda-feira), Casagrande se comprometeu em nomear para a Polícia Civil investigadores que fizeram concurso em 1993.
Esse núcleo foi formado pelos secretários da Casa Civil, Luiz Ciciliotti; de Gestão e Recursos Humanos, José Eduardo; chefe do Gabinete do governador, Robson Leite; e o procurador Geral do Estado, Rodrigo Júdice.