O coronel Walter Gomes Ferreira, acusado de ser o chefe do braço armado do crime organizado no Estado, foi condenado nesta sexta-feira pela acusação de extorquir o ex-presidente do Sindicato dos Rodoviários do Estado (Sindirodoviários) João Nato, assassinado há mais de 10 anos, e também ex-diretores do sindicato.
Por conta da condenação, a Justiça deverá expedir a mandado de prisão contra o coronel, que também é acusado de mandar matar o juiz Alexandre Martins de Castro Filho, em março de 2003.
A Polícia Civil chegou a esse inquérito quando descobriu suposto envolvimento de ex-dirigentes do Sindirodoviários com a extinta Scuderie Le Cocq. Ferreira faria segurança dos diretores do sindicato na ocasião. Compuatadores e outros documentos do sindicato chegaram a ser apreendidos spela equipe do delegado Francisco Badenes Júnior, hoje na Polícia Federal. Foi esse inquérito que deu origem ao processo de acusação por extorsão.
De acordo com um dos assessores do secretário de Estado da Segurança Pública, Rodney Miranda, Ferreira deverá ter a prisão decretada a qualquer momento. Neste momento, a polícia investiga se o coronel da reserva tem participação no assassinato do acusado de pistolagem José Maurício Cabral, que era seu compadre.
Ferreira também responde a processo no Fórum de Cariacica pela acusação de ser mandante do assassinato do sindicalista João Nato. Os executores do crime já foram condenados. Um deles é o sargento Prado, condenado a mais de 20 anos de prisão.
De acordo com o secretário Rodney Miranda, há informações de que Cabral estaria disposto a colaborar com a polícia e com o Ministério Público no processo em que ele iria a júri popular junto com o coronel Ferreira, em Colatina, na última terça-feira.
“Há uma informação ainda não confirmada que Cabral estaria disposto a colaborar com a polícia e com o Ministério Público nos inquéritos que ele respondia, inclusive nesse que tinha o julgamento marcado para terça-feira (17) em Colatina, junto com o coronel Ferreira e outros réus”, disse Rodney.