O clima entre policiais militares e o governo do Estado azedou. Nesta quarta-feira (27), três entidades de classe fazem assembleia geral para decidir os rumos que a categoria vai tomar diante do impasse nas negociações entre os militares e o novo secretário de Estado de Gestão e Recursos Humanos, Pablo Rodnitzky.
Na reunião que teve com os representantes dos militares na terça-feira (26/11), o secretário não apresentou qualquer proposta que significasse reajuste na tabela de subsídios dos policiais. Melhorou apenas os vencimentos dos oficiais e, mesmo assim, nem de todos: deixou os tenentes de fora e reajustou a tabela de subsídios dos capitães até coronéis. Resultado: devido à inexperiência técnica e política de seus negociadores, o governo acabará, desta forma, provocando uma guerra de classe na corporação, o que poderá causa a quebra da disciplina e da hierarquia.
Para os praças – do aluno soldado ao subtenente –, o secretário Pablo Rodnitzky ofereceu somente aproximação dos vencimentos do soldado com o cabo – aumentou o vencimento do soldado de R$ 2,6 mil para R$ 2,7 mil.
Em sua página na internet, a Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros (ACS/ES) e Associação dos Subtenentes e Sargentos (Asses) informam sobre o impasse. A ACS diz: “Informamos que durante a reunião realizada nesta terça dia 26 de novembro de 2013 encerrada por volta das 19h00min, ocorreu um impasse entre as entidades e o Governo e que aguardaremos até amanhã as 13h00min uma definição.”
“Temos informações de que as conversas dentro do Governo estão acirradas e que serão concluídas ainda nesta quarta feira antes das Assembleias marcadas pelas categorias de Policiais e Bombeiros Militares do ES.”
“Devido as fortes chuvas e o alagamento do Campo do Caxias a Diretoria da Entidade informa que o local da Assembleia Geral Extraordinária foi transferido para o TEATRO DA UFES e que está mantida na forma como convocada anteriormente para quarta feira dia 27 de novembro de 2013 as 14h00min.”
Já a Assembleia Geral da Asses está mantida para sua sede, na Ilha de Santa Maria.
O governador Renato Casagrande, que vem realizando uma excelente gestão na área de segurança pública, corre o risco de enfrentar uma crise com os policiais militares, que poderão decidir por aquartelamento a qualquer momento. A PM é, justamente, a parte mais visível do Estado Presente, o programa de segurança pública do governo estadual.
Lembrando que o governo prometeu melhorar a tabela de subsídios dos militares para junho de 2012.