Um mês depois de o presidente Jair Bolsonaro se reunir em Brasília com um grupo de secretários estaduais da Segurança Pública com o objetivo de enfraquecer seu principal e mais popular ministro, Sergio Moro (da Justiça e Segurança Pública), uma pesquisa de opinião pública realizada pelo Instituto Paraná mostra que, caso tivesse exonerado Moro, Bolsonaro estaria hoje em maus lençóis.
O Instituto Paraná quis saber o seguinte: “Caso Sergio Moro deixe o Governo, o Presidente Jair Bolsonaro perde ou ganha com isso?”. Pelo menos 69,2% responderam que Bolsonaro sairá perdendo. No entanto, para 17,7% Bolsonaro vai sair ganhando, e 13,1% não souberam opinar.
No dia 24 de janeiro de 2020, pelo menos 19 secretários estaduais se reuniram com Bolsonaro para tentar enfraquecer o ministro Moro, com o pedido de desmembramento das duas Pastas: Justiça e Segurança Pública. O plano, no entanto, fracassou e o Presidente mais uma vez recuou de um ideia.
Entre os dias 13 a 17 de fevereiro de 2020, o Instituto Paraná realizou uma pesquisa de opinião pública com o objetivo de consultar à população sobre a avaliação e percepção sobre o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Para 54,5% dos brasileiros, ele está tendo um desempenho ótimo e bom. Outros 21,7% entendem ser regular o desempenho do ministro, enquanto 18,2% consideram ruim ou péssimo.
Quanto à pergunta “O que seria melhor para Sergio Moro: ser candidato a Presidente, ser candidato a Vice-Presidente na chapa de Jair Bolsonaro ou ser indicado para Ministro do STF?”, a maioria (57,9%) deseja vê-lo no Supremo Tribunal Federal.
Apenas 15,9% dos entrevistados querem ver o ministro Moro disputando as eleições presidenciais em 2022. Outros 14,4% preferem ver o ministro sendo candidato a vice-presidente numa chapa encabeçada por Jair Bolsonaro, enquanto 11,9% não souberam opinar.
Para a realização da pesquisa, o Instituto Paraná utilizou uma amostra de 2.117 habitantes, sendo esta estratificada segundo sexo, faixa etária, escolaridade, nível econômico e posição geográfica. O trabalho de levantamento de dados foi feito através de entrevistas telefônicas com pessoas com 16 anos ou mais em 26 Estados e Distrito Federal e em 162 municípios brasileiros, entre os dias 13 a 17 de fevereiro de 2020.