O prefeito de Presidente Kennedy, Dorlei Fontão, acaba de formular uma Representação Criminal contra Karina Reis da Cruz, 24 anos, em que solicita ao Ministério Público do Estado do Espírito Santo que a moça seja investigada e, posteriormente, denunciada pelo crime de Denunciação Caluniosa.
Isso porque a jovem procurou a Delegacia de Polícia Civil de Presidente Kennedy, na quarta-feira passada (19/08), para registrar Boletim de Ocorrência em que declarou ter sido vítima de um suposto assédio sexual por parte de Dorlei, algo que teria, segundo ela, em março de 2020, antes da decretação da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Embora crime de cunho sexual tramite sempre em sigilo, seja no âmbito da Polícia Judiciária, do Ministério Público ou da Justiça, Karina teria divulgado o caso no final de semana em suas redes sociais, postando, inclusive, cópia do Boletim de Ocorrência. O prefeito Dorlei, no entanto, nega com veemência a acusação.
Karina foi orientada a procurar à Polícia Civil por um grupo de vereadores do município – um deles é amigo dela –, que faz oposição à atual administração. Na ocasião, Karina estava acompanhada também da advogada Lorena Constalonga Passoni. A jovem foi ouvida pelo delegado Daniel Correia Sousa.
No início deste mês de agosto, políticos que insistem em retomar o poder de Presidente Kennedy – mesmo não sendo do município, mas pelo fato de apoiarem aqueles que estão impossibilitados de retornar à vida pública por decisões judiciais – protagonizaram baixaria na cidade.
Eles contrataram uma empresa de Piúma para instalar em Presidente Kennedy outdoor atacando a honra do prefeito Dorlei e outros três agentes públicos. No entanto, a juíza Serenuza Marques Chamon, da 1ª Vara de Piúma, concedeu liminar para que a empresa Taylor Outdoor, proprietária do outdoor, retirasse o cartaz “ofensivo à honra”.
Depois dessa baixaria, a oposição agora acusa o prefeito Dorlei de um suposto assédio sexual. Segundo consta, Karina Reis da Cruz foi levada por vereadores e políticos de oposição até a delegacia e relatou que há cinco meses atrás, antes ainda do início da pandemia, esteve no gabinete do prefeito procurando emprego, e o chefe do Executivo teria tentado beijá-la.
A moça diz no depoimento que não denunciou o fato antes por constrangimento. No entanto, tão logo saiu da delegacia, a jovem deu cópia do boletim para amigos, que não tiveram o menor constrangimento para divulgar o documento nas redes sociais.
Em nota, o prefeito Dorlei Fontão nega veementemente as acusações e decidiu representar criminalmente contra a autora da denúncia.
“Vale ressaltar que causa estranheza que uma acusação infundada e mentirosa como essa aconteça no meio de um período eleitoral, cinco meses depois que ela alega ter sido cortejada, sob o argumento de constrangimento, quando a suposta vítima não se sentiu incomodada divulgando o ocorrido em redes sociais”, diz a nota.
A pena para quem pratica a denunciação caluniosa, ou seja, movimenta o aparelhamento estatal comunicando falso crime, é de até oito anos de reclusão.
“Até para um leigo é fácil perceber que a denúncia tem a finalidade de abalar o prefeito Dorlei nas eleições que se aproximam. Mesmo, porque, com a inelegibilidade do Reginaldo Quinta, não existem mais candidatos com chances reais de vencê-lo nas urnas”, diz um vereador da situação.
Segundo a assessoria do prefeito, Dorlei Fontão já Representou Criminalmente contra Karina e não vai sossegar até que os culpados sejam encontrados e punidos.
As pessoas precisam entender que eleição não é um jogo de vale tudo, e que as pessoas que disputam o pleito também possuem vida pessoal e família. No caso de Dorlei, uma família tradicional, repleta de filhos e netos.