A Associação de Subtenentes e Sargentos (Asses) e a Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros (ACS/ES) decidiram por uma assembleia geral unificada na quarta-feira (04/12) em que vão decidir se aceitam ou recusam nova proposta feita pelo governo do Estado, que agregou uma escala especial nas negociações de reajuste salarial para os praças – incluindo 1º tenente.
Inicialmente, o governo havia oferecido somente a redução de duas referências na tabela de subsídios da categoria: uma em junho de 2014 e, outra, em junho de 2015. Senão houver avanço, os policiais militares poderão optar pela realização de uma operação padrão.
Nesta segunda-feira (02/12), as duas entidades realizaram assembleia geral em separado. A unificada vai acontecer na quarta-feira, partir das 16 horas, no Campo do Caxias, em Maruípe. Caso o governo não avance nas negociações, soldados, cabos, sargentos, subtenentes e até 1º tenentes poderão decidir pela realização de operação padrão.
O presidente da ACS/ES, cabo Flávio Gava, informou que os praças reivindicam o “mínimo que o governo ofereceu aos oficiais”. Na semana passada, os oficiais realizaram assembleia geral e aprovaram a proposta do governo que, em média, significa um reajuste de 23% nos vencimentos de quem está na ativa e 18% os da reserva.
“Para os praças, o governo está oferecendo, em média, 10% para o pessoal da ativa e nada para os da reserva. Estamos lutando também para nossos colegas da reserva”, disse Flávio Gava. “Acreditamos que o governo vai se sensibilizar e nos dará o mesmo tratamento igualitário dispensado aos oficiais”, completou o líder dos militares.
A Asses deu continuidade à assembleia geral da semana passada. Por maioria de votos, os subtenentes e sargentos rejeitaram a proposta do governo. “Ficou claro a grande insatisfação de todos os militares com o tratamento diferenciado e desigual dispensado pelo governo. Ficou deliberado que o realinhamento salarial seja igual ao apresentado à Asssomes”, diz a Asses em sua página na internet.
A Asses e a ACS/ES querem que o governo inclua na sua proposta original – de redução de duas referências na tabela de subsídios – duas escalas especiais. O governo ofereceu uma escala especial, a contar a partir de outubro deste ano. Se não houver avanço até quarta-feira, os policiais militares poderão realizar operação padrão em todo o Estado:
“Em não acontecendo o que pretendemos, poderemos deliberar, na assembleia geral unificada, pela operação padrão. Somente tomaremos medidas dentro da lei. O aquartelamento não está fora de cogitação, mas é uma medida extrema e ilegal. A categoria tem consciência de que não pode prejudicar a sociedade. A operação padrão é legal e formal e paralisaria a Polícia Militar do mesmo jeito. Só que não deixa rastro para os oficiais punirem os praças”, explicou Flávio Gava.