Na mesma semana em que a ação de um grupo de policiais militares está sendo colocada em xeque – numa suposta troca de tiros com suspeitos de crimes, policiais mataram um menino de 14 anos, em Jardim Tropical, na Serra –, a própria Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros dão demonstrações claras de seu verdadeiro papel institucional diante da sociedade: o de proteger e salvar vidas.
Na quinta-feira (01/03), policiais da Ronda Ostensiva Tática Motorizada (Rotam) salvaram a vida de uma criança de um ano e três meses, lá mesmo em Jardim Tropical. No dia anterior, um cabo do Corpo de Bombeiros, lotado no Ciods, atendeu a ligação de uma mãe aflita e a orientou a salvar o bebê de apenas 16 dias.
Na quinta, de acordo com o site da Polícia Militar, uma guarnição da Rotam patrulhava uma das ruas de Jardim Tropical quando os policiais avistaram um grupo de pessoas pedindo socorro em frente a uma residência.
O subtenente Maurício Sampaio verificou que uma criança estava com sérias dificuldades para respirar e ordenou que o trânsito fosse desimpedido no local, para que o bebê fosse encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Carapina, também na Serra.
“Percebemos uma aflição muito grande dos familiares da criança. O bebê já estava quase sem respirar. Desbloqueamos o trânsito e conduzimos a família dela até a UPA de Carapina”, afirmou o subtenente Sampaio, segundo o site da PMES.
“Como pai eu fico emocionado a ajudar a socorrer uma vida. Torço para que tudo acabe bem com esta criança. Como policial militar apenas cumprimos o nosso dever”, acrescentou o subtenente Sampaio, ainda de acordo com o site da Polícia Militar.
Da UPA de Carapina a menina foi transferida para o Hospital Infantil, em Vitória. Até o fim da tarde desta quinta-feira (01), o estado de saúde da criança era estável.
Já na quarta-feira (01/03), a bebê Larissa, de apenas 16 dias, foi salva pelo cabo do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo Jackson Ferreira, após ligação da família ao Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes). A mãe dela, a dona de casa Juliana Diniz Mendes, 26 anos, contou que a filha estava com falta de ar e sufocou após expelir leite, conforme informa o site da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social.
“Fiquei com medo. Tenho mais dois filhos e isso nunca aconteceu com nenhum deles. A minha filha estava deitada na cama comigo, de lado, e começou a passar mal. Quando vi aquela situação, comecei a bater nas costas dela, suguei sua boca, mas nada acontecia e ela ficava cada vez mais sufocada e vermelha. Então, decidimos ligar para o Ciodes e o bombeiro nos orientou o que fazer para a minha neném melhorar”, lembrou a mãe da pequena Larissa,conforme o site da Sesp.
O cabo Ferreira disse que a bebê estava com sinais de obstrução das vias áreas. Por conta da situação, segundo ele, comum entre recém-nascidos, a família foi orientada a fazer manobras de sucção da boca e do nariz da bebê.
“Por se tratar de uma recém-nascida, orientei ao solicitante que, com a sua própria boca, envolvesse a boca e o nariz da bebê e fizesse o movimento de sucção, como se estivesse puxando um canudo”, explicou o cabo, que atua há 10 anos na corporação.