O Corpo de Bombeiros foi acionado para atender a uma ocorrência de incêndio em dois ônibus que pertenciam à Prefeitura Municipal de Marataízes, no pátio da empresa Limpeza Urbana Ltda., cujos proprietários respondem a processo pela acusação de integrar um grupo criminoso envolvido em corrupção na cidade vizinha de Presidente Kennedy, Sul do Espírito Santo.
A empresa foi alvo da Operação A Operação Rubi, desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Espírito Santo. A operação desarticulou uma organização criminosa constituída para lesar os cofres públicos dos municípios de Presidente Kennedy, Marataízes, Jaguaré e Piúma por possível direcionamento licitatório em favor de pessoas jurídicas contratadas, pagamento de vantagem indevida a agentes públicos e superfaturamento de contratos administrativos de prestação de serviço público.
A empresa, que presta serviços a outros municípios, tem sua sede no bairro Xodó, em Marataízes. Guarnições do Corpo de Bombeiros foram até o local e realizaram o combate ao fogo. Ninguém ficou ferido e o proprietário do local solicitou que fosse realizada perícia. O laudo tem prazo mínimo de 30 dias para ser concluído. Ainda não há suspeitas do que pode ter causado o incêndio.
Segundo informações de vizinhos que estiveram no local momento do incêndio, a residência de um dos sócios da Limpeza Urbana, que mora fora da cidade, também estava sendo invadida por homens encapuzados no mesmo momento do incêndio, m as esta informação não foi confirmada pela Polícia Militar.
A Limpeza Urbana pertence a Marcelo Marcondes Soares e Cristiano Graça Souto. Eles chegaram a ser presos no dia 8 de maio deste ano junto com a prefeita afastada de Presidente Kennedy, Amanda Quinta, e o companheiro dela, o secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico (também afastado), José Augusto Rodrigues de Paiva.
Ambos foram presos em flagrante ao receberem propina de R$ 33 mil, dentro da residência. Dinheiro que estaria sendo dado pelo empresário Marcelo. Os quatro já foram soltos por ordem judicial e respondem a processo em liberdade.