Ao investir no monitoramento de quadrilhas que despejam drogas no Rio Grande do Sul trazidas de países vizinhos, as polícias Civil e Militar triplicaram o volume das apreensões de entorpecentes no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2010.
A estratégia de concentrar as investigações em bandos interestaduais evitou que 4,2 toneladas de maconha, cocaína e crack chegassem às ruas gaúchas.
As duas corporações gaúchas apostaram em campanas e escutas para descobrir a hora e o local certos da chegada dos carregamentos vindos de fora do país. Operações policiais que podem se estender por semanas em frente a bocas de fumo ou casa de suspeitos.
As ações levaram à apreensão de 3,9 toneladas apenas de maconha. E os números poderiam ser ainda maiores, pois na contabilidade oficial não está inserida 1,2 tonelada da droga – recolhida em uma operação da Brigada Militar com a Polícia Rodoviária Federal em junho, contabilizada no balanço da Polícia Federal.
Segundo o delegado Heliomar Franco, coordenador das delegacias especializadas do Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico (Denarc), as ações têm se concentrado nos elos entre estrangeiros e gaúchos.
“Quase sempre há a participação de alguém do Paraná ou Mato Grosso do Sul, que aproxima os dois lados. Quando há maior repressão na fronteira, o volume de drogas que circula no Estado diminui”, explica o delegado. (Texto do site Zero Hora).