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Grampo mostra que, logo depois de ser preso, acusado de pistolagem conversou com tenente-coronel por telefone

25 de Março, 2019
em Antigos
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A Justiça autorizou a divulgação de trechos de algumas conversas telefônicas interceptadas pelos promotores de Justiça que investigam um suposto envolvimento de oficiais e praças do 14° Batalhão da Polícia Militar (Ibatiba) do Espírito Santo com o empresário Eduardo Gomes de Matos, preso pelo Grupo Especial de Trabalho Investigativo do Ministério Público Estadual no dia 23 de novembro deste ano.

Uma das conversas telefônicas é entre o comandante do 14° BPM, tenente-coronel Wellinton Virgílio Pereira, e o próprio Eduardo, momentos depois que o empresário já estava preso na Delegacia de Iúna, município vizinho a Ibatiba.

Trechos das gravações foram divulgadas na tarde desta sexta-feira (09/12) pelo Ministério Público. A divulgação foi autorizada pela juíza Eliana Ferrari Siviero, da Comarca de Iúna, que decretou a prisão de Eduardo, do tenente-coronel Wellinton e de um grupo de policiais militares do 14° BPM, há uma semana.
Para o Ministério Público, as escutas telefônicas mostram as supostas “relações de cumplicidade, de confiança e de proteção entre os integrantes do grupo”.

A denúncia do MPES descreve que “o tenente-coronel, Weliton Virgílio Pereira (ex-comandante do 14º Batalhão em Ibatiba) e o cabo Sandro Magueno Viana tinham pleno conhecimento das armas e munição que o empresário Eduardo Gomes de Matos em diversos locais”

O grampo telefônico, feito pelo Guardião – sistema capaz de gravar centenas de conversas telefônicas por minuto –, registra ainda diálogos entre outros policiais lamentando a prisão de Eduardo, e também do próprio Eduardo com outras pessoas.

Eduardo foi preso na manhã do dia 23 de novembro pela Polícia Civil, em operação conjunta com o Geti. Já na Delegacia de Iúna, Eduardo pegou seu telefone celular e ligou para sua sogra, Hilda de Almeida Batista, a quem pediu que escondesse todas suas armas e munição no fundo do quintal. Ele sabia que policiais iriam à casa de sua sogra fazer uma revista.

“Guarda essas coisas tudinho e joga tudo no meio da..”, diz Eduardo para sua sogra. Em seguida, orienta a sogra sobre que arma ela poderia entregar aos policiais:

“…Tem uma aí, uma da capa preta, uma espingarda da capa grande…Deixa só ela só, entendeu?”.
  
Enquanto estava detido na DP de Iúna – hoje, Eduardo se encontra em um presídio de segurança máxima da Grande Vitória –, o empresário recebeu telefonema do tenente-coronel Wellinton, segundo gravações reveladas nesta sexta-feira.

Num dos trechos, o oficial Wellinton diz:
“Compadre, eu passei aqui na rua e me disseram que tinha umas viaturas perto do seu Armazém…Aí, o que ta havendo aí, fala aí veio”.

Eduardo responde: “Ta todo mundo aqui, o Jorge, Jamilton, Zé Luiz, Marilza. Nós estamos todos na delegacia.

O tenente-coronel pergunta: “Mas por quê?”.

Eduardo diz: “Busca e apreensão.

Wellinton pergunta: “De quê?”

Eduardo responde: “De armas, essas coisas né”.

Wellington diz: “Mas não tinha nada lá não é ou tinha?”

Eduardo responde: “Tinha. Você ta aonde?”

Wellington diz: “Eu estou aqui na rua. Você ta dependendo alguma coisa da gente aí?” Eduardo diz que não. O tenente-coronel conclui: “Acharam duas flobes e munições”.

Em um outro trecho das interceptações telefônicas, feitas pelo Guardião, a pedido do Geti e autorizadas pela Justiça, o cabo Sandro Magueno Viana, que também está preso, conversa com outro homem, identificado  como Sobreira – ele policial militar de de Alegre e não está preso –, lamentando a prisão de Eduardo.

Em outra conversa, desta vez com uma pessoa identificada pelos promotores de Justiça como Hni, surgem mais informações a importância política do empresário Eduardo de Matos na região do Caparaó. No diálogo, os dois dizem que o empresário é querido por todos.

Esse diálogo é apontado pelos promotores de Justiça como “muito relevante”. É nele que surge o nome do ex-secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, hoje deputado estadual Rodney Miranda (DEM), como uma das autoridades que já estiveram na fazenda do empresário Eduardo. A transcrição da conversa, feita pelo MP por autorização da Justiça, se dá da seguinte forma:

Sandro diz a Hni que “o negócio lá tá quente por causa da prisão de Eduardo”. Hni diz a Sandro: “Sabe o que tava lembrando aqui, Negão? Já pensou se nós tão saindo lá de madrugada fazendo uma escolta daquela que a gente fazia, né?” Sandro diz: “Pois é, essa escola lá…Esse pessoal com este monte de denúncia”…

Mais adiante Sandro pergunta a Hni como está Irupi (município vizinho ) e Hni diz que “está em paz”. Sandro diz que em “Iúna não está em paz”. Hni diz a Sandro: “Mas pra você tá tranqüilo, né?”

Sandro diz: “Pra nós tá. Aquela conversinha fiada pra lá e pra cá, mas…” Hni diz que conversa fiada vai ter mesmo. Sandro concorda e diz: “Ainda mais que Eduardo é culiado com os policia, amigo dos polícia…”

O cabo Sandro diz que tem muitos policiais que são amigos de Eduardo. Hni concorda. Sandro diz: “Até secretário de Segurança já foi na casa dele, tem foto com ele lá”. Hni concorda.

Sandro continua: “Desembargador…Ele conhece todo mundo”. Hni diz: “Eu já vi. Tirei foto com Rodney Miranda lá!” Sandro diz: “Pois é”. Os dois se despendem.

A lista dos militares presos na operação policial no Sul do Estado: veja no link  http://elimarcortes.blogspot.com/2011/11/lista-dos-militares-presos-na-operacao.html

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Elimar Côrtes é jornalista, formado pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em 1988. É proprietário da empresa Elimar Côrtes Assessoria & Consultoria de Comunicação.

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