Tão logo o governador Renato Casagrande anunciou, na manhã de sexta-feira (01/11), o reajuste de 3,29% para todos os servidores públicos, a partir de dezembro, representantes do Sindicato dos Servidores Policiais Civis (Sindipol/ES) e das Associações dos Agentes e dos Escrivães de Polícia Civil do Espírito Santo se reuniram com os secretários da Segurança Pública e Defesa Social, Roberto Sá, e de Gestão e Recursos Humanos, Lenise Loureiro, para ouvir a resposta do Governo em relação a pauta de reivindicações apresentada pela categoria ao longo do ano. A reunião foi convocada pelo governo do Estado.
Durante o encontro com diretores do Sindipol/ES, da Agenpol e Aepes, o governo estadual anunciou mudanças no sistema de promoção dos policiais civis, além do aumento de vagas no concurso público em andamento e apresentou o percentual de reajuste salarial que havia prometido aos servidores públicos, que é de 3,29%, abrangendo os servidores da atva, aposentados e pensionistas.
Sobre o reajuste salarial, o Sindipol diz que, somados apenas os últimos cinco anos, a defasagem dos salários dos policiais civis capixabas ultrapassa 29,15%. Por isso, salienta, o Sindicato e as outras duas Associações continuam comprometidos e dialogando com o governo para que as perdas salariais sejam reparadas.
PROMOÇÕES
Durante a reunião, Roberto Sá e Lenise Loureiro também anunciaram a automatização das Promoções da Polícia Civil, um pedido antigo da diretoria do Sindipol/ES. Segundo eles, no próximo ano será feita a parametrização das informações, para que a partir de 2021 as promoções aconteçam em até três meses, sem atrasos, como registrados este ano.
REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Os dirigentes das entidades discutiram a necessidade de Reforma da Previdência estadual, porém, pontuam que as mudanças devem ser feitas com cautela e respeitando as peculiaridades das áreas do serviço público. “Por isso, não podemos aceitar qualquer regra diferenciada entre as forças de Segurança Pública do Espírito Santo”, frisou o presidente do Sindipol, Aloísio Fajardo.
“Como legítima e única organização sindical que defende a categoria no Estado, o Sindipol/ES reafirmou seu compromisso de lutar pela aposentadoria, como tem feito desde a época do presidente Michel Temer, quando esteve na linha de frente de manifestações históricas junto a Cobrapol e a UPB, em Brasília”, completou Aloísio.
CONCURSO PÚBLICO
O último levantamento feito pelo Sindipol/ES apontou uma defasagem superior a 60%no quadro operacional da Polícia Civil. O Sindipol/ES levou a situação ao conhecimento do governo e cobrou a recomposição no número de policiais. Como resposta imediata, os secretários de Segurança Pública, Roberto Sá, e de Gestão e Recursos Humanos, Lenise Loureiro, afirmaram que o governo vai aumentar o número de vagas no concurso público em andamento para a Polícia Civil.
Na última quinta-feira (31/10), o governador Renato Casagrande anunciou ter autorizado o aumento de vagas nos concursos em andamento na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros. Deu os números do aumento e afirmou que faria o mesmo em relação à Polícia Civil. No entanto, dependia dos dados que a Chefia da instituição vai repassar ao governo.
O concurso público para a Polícia Civil anunciado no governo passado passou por uma série de problemas e só foi aberto no final de dezembro de 2018. Ao todo, são apenas 173 vagas para cargos de níveis médio e superior. As vagas são para assistente social (4), auxiliar de perícia (20), escrivão de polícia (20), investigador (60), médico legista (15), psicólogo (4) e perito criminal (50). O salário inicial é de R$ 5.103,84 para nível superior e R$ 3.622,08 para nível médio.
VALORIZAÇÃO SALARIAL
O Sindipol ressalta que o próprio governador Renato Casagrande já afirmou que a segurança pública é uma de suas prioridades, junto com a educação e saúde. Por isso, diz o Sindipol, a entidade iniciou o diálogo com os secretários Roberto Sá e Lenise Loureiro no sentido de valorizar a carreira dos policiais com uma nova política salarial.
“Dentro desse tema já foi apresentada uma solicitação da incorporação da escala especial e um reajuste que torne os salários mais condizentes com a complexidade do trabalho desempenhado pelos policiais capixabas”, disse Aloísio Fajardo.
“Destacamos na reunião que o Sindipol/ES na reunião que não vai aceitar reajustes salariais diferentes entre os cargos da Polícia Civil, com ressalva às questões de carreira”, frisou o presidente Aloísio.
O Sindipol/ES cobrou novamente a alteração do requisito de investidura do cargo de Agente de Polícia e o governo se comprometeu em dar continuidade às negociações desses e outros pontos importantes de pauta.
“A diretoria do Sindipol/ES reforça que as negociações em busca de valorização, reconhecimento e melhores condições de trabalho são constantes. O Sindicato está em diálogo permanente com o governo, o que para a diretoria acredita já é um avanço comparado aos últimos anos”, conclui Aloísio Fajardo.
(Com informações também do Portal do Sindipol/ES)