O delegado Gilsinho Lopes vai apresentar seu plano de candidato a deputado estadual na assembleia geral dos delegados no dia 20 de agosto. A reunião será na sede do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado do Espírito Santo, em Bento Ferreira, Vitória.
Nesta sexta-feira, Gilsinho Lopes, que está licenciado da chefia da Superintendência de Polícia do Interior (SPI), participou de um café da manhã na sede do Sindelpo. Na ocasião, o presidente do sindicato, delegado Sérgio Lucas do Nascimento, confirmou a presença de Gilsinho Lopes na assembleia geral do dia 20.
“O Sindelpo está aberto para ouvir as propostas de qualquer candidato”, deixa claro Sérgio Lucas.
Gilsinho Lopes vai dizer para seus pares que uma de suas metas, caso seja eleito deputado estadual, é fazer com que o governo do Estado cumpra a Emenda Complementar número 51 de 1986 que dá direito a aposentadoria especial aos servidores que ocupam cargos na área de segurança pública. Segundo Gilsinho – que foi deputado estadual de 1999 a 2002 –, estados como Minas Gerais e São Paulo já cumprem a lei.
No Espírito Santo, o policial militar se aposenta com 30 anos de serviço. Já o policial civil – seja delegado, investigador, escrivão, perito ou agente de Polícia – só se aposenta por idade.
Na assembleia do Sindelpo, Gilsinho Lopes vai apresentar sua proposta para tornar a carreira de delegado de Polícia como carreira jurídica e lutar para que esses profissionais tenham equiparação salarial com os promotores de Justiça, como já ocorre também no Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e outros estados.
Outra luta da categoria, que Gilsinho Lopes disse que vai apresentar projeto para que se torne uma realidade no Espírito Santo, é impedir que delegados ou quaisquer outros profissionais de Polícia sejam transferidos de uma unidade do interior, principalmente, sem critério técnico.
“O que acontece hoje é que, um delegado que atua no interior, quando começa a investigar, por exemplo, um figurão da cidade, logo é transferido a pedido de outro figurão desse município. E o governo faz a transferência. Isso causa uma instabilidade. Vou brigar para que um profissional de Polícia, quando chegar a uma unidade no interior do Estado, somente seja transferido dois ou três anos depois. A transferência só pode acontecer por critérios estabelecidos previamente.A transferência não pode ocorrer por motivos políticos ou banais”, explica o delegado Gilsinho Lopes.
Quando foi deputado, Gilsinho Lopes apresentou, dentre outros, projeto de lei que criou o seguro de vida para policiais civis e militares. O projeto foi aprovado e já está em vigor. É dele também a lei do disque denúncia, já em prática há mais de 10 anos no Estado, trazendo benefícios para toda a sociedade.