O delegado de Polícia Civil Leandro Piquet, 38 anos, carioca, é mais um nome ligado à segurança pública que buscará, nas eleições de 15 de novembro deste ano, conquistar uma cadeira na Câmara Municipal de Vitória. Incentivado por amigos, ele decidiu entrar na disputa pelo Republicanos e está otimista. E, desde já, tem planos para atuar em duas frentes, caso se eleja vereador: controle forte para se evitar a corrupção e diálogo e integração como forma de melhorar a segurança na cidade.
Piquet é do concurso de Delegados de Polícia Civil do Espírito Santo cujo edital foi lançado em 2010. Tomou posse em 2012, no primeiro mandato do governador Renato Casagrande. Logo sua experiência administrativa foi reconhecida e ele acabou se tornando diretor técnico e depois presidente do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases).
Em 2015, o Delegado Piquet voltou a atuar no Iases, onde ajudou a criar a Diretoria de Ações Estratégicas, num período em que teve que agir com rigor para acabar com rebeliões provocadas por adolescentes em conflito com lei que cumpriam pena em regime fechado.
Posteriormente, voltou aos quadros da Polícia Civil, mas logo foi convidado pelo então secretário Estadual de Controle e Transparência (Secont), o delegado federal Eugênio Riccas, para o cargo de Subsecretário de Integridade Empresarial e Governamental da Secont. Posteriormente, se tornou corregedor-geral do Estado.
Depois que deixou a Corregedoria, Delegado Piquet assumiu o comando da Delegacia da Praia do Canto, onde reside há seis anos. No bairro, além de atuar no combate a crimes, principalmente, contra o patrimônio, Delegado Piquet fez amizades com outros moradores, como o advogado Aylton Dadalto; o presidente da Associação Comercial da Praia do Canto, César Saad; e o presidente da Associação de Moradores, Sérgio Magalhães, o Serjão, que já foi vereador por Vitória.
“Como delegado da Praia do Canto, consegui realizar um trabalho muito forte com as Associações de Moradores e Comercial do bairro. Por isso, além desses três – Aylton Dadalto, César Saad e Serjão –, outro amigo, Roberto Carneiro, presidente do Republicanos, me convidaram para entrar na disputa ao cargo de vereador. Eu aceitei o convite”, disse Delegado Piquet, que está na mesma chapa do deputado estadual Delegado Pazolini, candidato a prefeito da capital pelo Republicanos.
Ele acredita que sua experiência na Secont e no cargo de corregedor-geral do Estado poderá ajudá-lo na Câmara de Vereadores caso seja eleito.
“Tenho um conhecimento muito grande no combate à corrupção e na gestão. O trabalho de um vereador é o de fiscalizar o prefeito e seu secretariado, evitando, sobretudo, a prática de irregularidades. A atuação de um vereador não é para dar nome de ruas ou fazer calçamento. O cargo de vereador precisar ser melhor prestigiado”, diz o Delegado Piquet, que é casado e tem um filho de nove meses.
Segundo ele, a Lei Orgânica do Município de Vitória não tem capítulo específico para a segurança pública. Por isso, se eleito, pretende criar instrumento para dar maior mobilidade à Guarda Municipal, no sentido de ampliar as políticas de prevenção ao crime.
Para Delegado Piquet, é necessário que seja criada a Guarda Escolar nos mesmos moldes da Patrulha Escolar da Polícia Militar. O importante, salienta, é investir nas crianças, adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade como forma de prevenção:
“É preciso que a Prefeitura atue com mais eficácia na questão dos adolescentes em conflito com e leu que precisa cumprir suas penas em meio aberto, com a liberdade assistida e a prestação de serviços comunitários”, diz Delegado Piquet.
Segundo ele, ao investir na ressocialização do adolescente que tenha cometido infrações, a Prefeitura deixará de onerar o Estado, que gasta, mensalmente, cerca de R$ 8 mil com cada menor que cumpre pena em regime de internato nas unidades do Iases.
Outra proposta do candidato é implantar um projeto na Câmara Municipal de Vitória que permita a aproximação do cidadão com os políticos.
“É preciso que seja criada uma metodologia de transparência, para que possamos quebrar a distância entre o particular e o público; entre o cidadão comum e o político”.
O Delegado Piquet deixa claro que não se posiciona dentro de um radicalismo político. Ele diz que pede votos para seu candidato a prefeito, seu colega de profissão, o deputado Delegado Lorenzo Pazolini, de quem é amigo. No entanto, garante que conversa com todos os candidatos, “pois sempre procuro manter um diálogo forte e intenso com as pessoas. Peço voto para o Delegado Pazolini, mas, se eu for eleito, vou manter diálogo com quem vencer para prefeito”.
O Delegado Piquet promete também abrir seu gabinete, caso seja eleito, para atender os moradores e receber demandas da população da capital capixaba. “Reservarei parte do gabinete para atuar em ações contra corrupção”, diz ele.