Preocupado com os altos índices de violência contra taxistas na Grande Vitória, o presidente da Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa, deputado estadual Josias Da Vitória (PDT), marcou para a próxima segunda-feira (07/12) uma audiência pública para discutir o problema e encontrar soluções para levar ao governo do Estado.
Uma das ideias de Da Vitória é discutir a instalação de GPS nos táxis, que passariam a ser vigiados por uma central de monitoramento.
Na segunda-feira (30/11), a Comissão presidida por Da Vitória aprovou a realização de audiência pública para debater os índices de violência contra taxistas na Grande Vitória. Somente neste ano, 11 taxistas foram assassinados, sendo a maioria vítima de latrocínio (roubo com morte).
Foram convidados a participar da reunião, no auditório “Hermógenes Lima da Fonseca” da Assembleia Legislativa, a partir das 13 horas, o comandante geral da Polícia Militar, coronel Oberacy Emmerich Filho; o chefe da Policia Civil, delegado Júlio César de Oliveira; delegados que investigam assassinatos na Grande Vitória; secretários municipais de Segurança e de Defesa Social; o Sindicato dos Taxistas, Miguel Campos; e o presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada (Sindespe/ES), o empresário Marcos Félix.
Para o presidente da Comissão de Segurança, deputado Josias Da Vitória (PDT), o que motivou a reunião foi a dificuldade enfrentada pela categoria no dia-a-dia.
“Precisamos abordar aqui a dificuldade na execução do trabalho dos taxistas. Na última quarta-feira a vítima foi o taxista Benedito Alair Gomes, conhecido por seus amigos como Bené, um homem de bem. Precisamos também identificar a melhor forma para que o governo dê segurança à categoria”, explicou Da Vitória.
O deputado Josias da Vitória vai conversar com o presidente do Sindesp, Marcos Félix, para ver a viabilidade de se instalar GPS nos táxis para que os veículos possam ser monitorados por uma central via satélite.
Essa possibilidade, segundo o parlamentar – que é cabo reformado da PM –, vai ser discutida na audiência pública da próxima segunda-feira.
“Portanto, convoco os taxistas para participarem da audiência. Eles poderão nos ajudar com propostas alternativas que serão apresentadas às autoridades da área de segurança pública do Estado”, afirmou Da Vitória.
O deputado Sargento Valter (PSB) reiterou a necessidade da audiência pública. “O sistema de taxi não é um serviço de luxo, mas uma necessidade. Muitas pessoas utilizam o serviço quando não têm outro meio de condução, quando precisam ir ao médico ou quando o carro quebra. Precisamos preservar a vida do taxista e a segurança do nosso cidadão. Para isso é necessário um debate amplo”, afirmou.
Já o deputado Rodrigo Chamoun (PSB) afirmou que o uso de drogas ilícitas também está ligado ao aumento da violência. “A audiência pode trazer contribuições sobre como preservar esta profissão tão importante para o turismo. É importante atribuirmos o uso de drogas ao aumento de assaltos contra taxistas. O acusado de matar o taxista na semana passada afirmou que iria vender o veículo para comprar entorpecente”, disse ele.