Faltando cinco dias para deixar o cargo de secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), o coronel Nylton Rodrigues Ribeiro Filho publicou no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (26/12) Extrato de Ata de Registro de Preços nº 034/2018 para a aquisição de 15 drones, modelos DJI/Matrice 210.
A empresa que fornecerá os drones à polícia capixaba é a Utramar Importação Ltda-EPP. Por cada drone vendido à Sesp, a empresa vai receber R$ 164.000,00, totalizando, assim, um contrato no valor de R$ 2.460.000,00.
Só tem um detalhe: o mesmo modelo de drone (DJI/Matrice 210) é vendido, no mercado normal, a R$ 53.522,91. Pelo menos é o preço indicado no Portal das Lojas Americanas. Uma diferença de R$ 110.477,09. Na mesma loja, portanto, os 15 drones custariam R$ 802.843,65. O governo do Espírito Santo, porém, vai pagar R$ 1.657.156,35 a mais.
De acordo com o Processo nº: 80861296/2018, referente ao Pregão Eletrônico nº 067/2018, os drones virão com Tablet, “para atender à demanda da SESP e de suas Unidades Operativas”. Os 15 drones serão comprados em lote único.
Curso para policiais
No dia 5 de novembro de 2018, o governo iniciou a capacitação de 40 policiais militares para o manuseio de aeronave remotamente pilotada (RPAS – remotely piloted aircraft sistem), popularmente conhecida como drone, de acordo com o Portal da Polícia Militar. O curso foi divido em duas partes, uma teórica e outra prática e foi promovido pelo Comando de Policia Ostensiva Especializado (CPO-E).
Até o dia 14 de novembro, policiais militares receberam instruções para o manuseio de drones. O uso desses equipamentos em operações foi normatizado pela Polícia Militar do Espírito Santo, por meio da Portaria nº 742-R, de 26 de junho de 2018. Nessa portaria são estabelecidas as normas internas em conformidade às Normas Gerais de Uso de Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPA) na PMES.
O curso teve uma carga horária de 80 horas/aulas e na sua estrutura curricular estão previstas as disciplinas de Segurança Operacional, Teoria de Voo para RPA, Meteorologia, Instrução Prática de Voo em Ambiente Controlado, entre outras.
De acordo com a PM, as aeronaves serão empregadas no policiamento ostensivo, em ações de inteligência, no apoio ao cumprimento de mandados judiciais, no controle de tumultos, distúrbios e motins, em escoltas, na repressão ao tráfico de drogas, em atividades de fiscalização, entre outras finalidades.
Na ocasião da publicação da portaria 742-R, o comandante-geral da PMES, coronel Alexandre Ofranti Ramalho, pontou que “essa ferramenta tecnológica atende à atividade policial, permitindo o mapeamento das áreas e a identificação de determinados alvos das ações policiais”.