Dois anos depois do assassinato de sua esposa, a médica Milena Gottardi Tonini Frasson, o bacharel em Direito e professor de Direito e ex-assessor Jurídico Tribunal de Justiça Hilário Antônio Fiorot Frasson, 47 anos, não é mais investigador de Polícia Civil. Sua exclusão foi definida nesta quarta-feira (25/09), em sessão do Conselho da Polícia Civil.
O julgamento é relativo a um dos três Processos Administrativos Disciplinares (PAD) instaurados em desfavor de Hilário desde janeiro de 2017, quando ele tomou posso no cargo de Investigador de Polícia . Hilário Frasson é do polêmico concurso de 1996, que, por enfrentar uma série de problemas, somente começou a nomear os participantes – quase 2 mil pessoas – mais de 10 anos depois.
De acordo com o Conselho da Polícia Civil, Hilário Frasson fica incompatível de exercer o cargo de investigador ou outra função na Polícia Civil por 10 anos. A defesa do policial, no entanto, pode recorrer da decisão no âmbito administrativo e, posteriormente, até na Justiça.
Na semana passada, conforme do site Blog do Elimar Côrtes informou com exclusividade na terça-feira (24/09), o o Conselho da Polícia Civil do Estado do Espírito Santo já havia decidido, à unanimidade, manter a aplicação da pena de 90 dias de punição ao investigador Hilário Frasson, que se encontra preso, à espera de julgamento, pela acusação de ser um dos mandantes do assassinato de sua esposa, a médica médica Milena Frasson, crime ocorrido no dia 14 de setembro de 2017, no estacionamento do Hospital das Clínicas, em Vitória.
Neste PAD, o Conselho de Polícia Civil, em julgamento realizado no dia 5 de junho de 2019, decidiu, à unanimidade, ratificar a presença de Hilário no cargo de Investigador de Polícia. Na mesma decisão, porém, o Conselho aplicou a pena de suspensão, o que equivaleria dizer que, durante os três meses, Hilário ficaria sem receber os salários de R$ 5.103,84. Neste PAD, Hilário Frassou foi acusado de fazer uma falsa comunicação de crime ao mentir sobre roubo que não aconteceu. Na época, Hilário era lotado na Assessoria Jurídica da Chefia de Polícia.