O governador Renato Casagrande (PSB) foi aplaudido de pé, dentro do auditório do Expominas, no bairro Gameleira, em Belo Horizonte, quando teve seu nome anunciado pelo cerimonial responsável pela entrega do prêmio Coffee of the Year 2023, na tarde de sexta-feira (10/11), último dia da Semana Internacional do Café (SIC). Ele foi a autoridade mais aplaudida no evento, que, para o Espírito Santo, teve um sabor muito especial: os grãos de produtores capixabas venceram as duas categorias (Arábica e Canéfora/Conilon) da premiação, comprovando, assim, que os cafés produzidos aqui são sinônimo de café de qualidade. Dos 10 prêmios mais importantes referentes aos cafés Arábica e Conelon, sete são capixabas.
Na disputa do Café Arábica, em 1º lugar ficou Deneval Miranda Vieira Júnior, do Sítio Cordilheiras do Caparaó, de Iúna; em 2º lugar ficou José Alexandre Lacerda, do Sítio Forquilha do Rio, Espera Feliz, de Minas Gerais. As montanhas capixabas, no entanto, aparecem novamente em 3º lugar com Ana Paula Sperandio Lima, do Sítio Condado da Montanha, Marechal Floriano. Iúna também está no 5º lugar com Cedro Fornari, do Sítio Refúgio do Cedro. Outro capixaba aparece em 9º lugar: Carlos Alberto Monteiro, da Fazenda Harmonia, de Iúna
Na categoria Canéfora. O campeão foi Wagner Gomes Lopes, do Sítio 3 Marias, do município de Alto Rio Novo. Em 2º lugar, ficou a produtora Luciene de Jesus Maria Santos, do Sítio N. S. Aparecida, Cacoal, do Estado de Rondônia. As outras três melhores posições também são de capixabas: em 3º, ficou Pedro Marcos Demartine Castro, do Sítio Vista Alegre, de Jerônimo Monteiro; em 4º, ficou Mauro Torres Ribeiro, Sítio Vales das Bênçãos, de Alegre; e, em 5º, Aldair Batista Borges, da Fazenda Beija Flor, de Alto Rio Novo.
O governador Casagrande comentou, na manhã deste sábado (11/11), o fato de ter sido aplaudido de pé pelo público no Expominas. Mantendo a humildade, ele disse ter se sentido feliz, mas salientou que o mais importante foi o reconhecimento do valor da cafeicultura capixaba:
“Foi uma alegria grande. Fomos muito bem recebidos e, naturalmente, eu sou muito grato às pessoas presentes lá. Mas a alegria maior foi ver os produtores capixabas trazerem as primeiras colocações. Dos 10 prêmios mais importantes, cinco do Arábica e cinco do Conelon, sete são capixabas. Para nós foi uma conquista enorme, pois mostra a eficiência dos nossos cafeicultores e mostra a eficiência do nosso programa de cafeicultura sustentável no Espírito Santo que tem produzido muitas oportunidades no interior do Estado”, disse Casagrande, que esteve em Santa Maria de Jetibá, na microrregião Central Serrana, para a inauguração de obras e o anúncio de novos investimentos.
O governador comentou ainda que “sem dúvida é importante ter reconhecido, no âmbito nacional, o trabalho que a gente faz no Governo capixaba.” E, de novo, frisou que “mais é importante também reconhecer o trabalho que os agricultores fazem em cada propriedade. Nós temos hoje uma referência em café, café é um produto que gera muita oportunidade no mercado, gera muita riqueza no Estado”.
Disputa pelo melhor café
O público da Semana Internacional do Café participou de provas para selecionar os melhores cafés no concurso. As provas foram realizadas durante os três dias de evento, que começou na quarta-feira (08/11) e foi até esta sexta-feira. As amostras foram submetidas a experimentação às cegas, ou seja, sem que se tenha qualquer informação sobre os cafés. Para classificar os finalistas do concurso foram selecionadas as 180 melhores amostras. Entre os 50 finalistas deste ano na categoria Arábica, 10 são do Espírito Santo. E, dos 15 finalistas no Canéfora, 11 são do Espírito Santo.
Ainda em Belo Horizonte, Renato Casagrande falou sobre a premiação: “É uma grande satisfação acompanhar de perto esse reconhecimento da qualidade do café produzido no Espírito Santo. Nosso Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cafeicultura Capixaba é uma referência no Brasil. Além da ampliação dos cafés superiores, visa também o aumento da produtividade e a adequação sócio ambiental das propriedades rurais. O resultado mostra o comprometimento desses cafeicultores e como o setor evoluiu nos últimos anos. Parabenizo os premiados e também a todos os produtores rurais que participaram”, afirmou o governador Renato Casagrande.
O Espírito Santo é uma referência nacional e mundial na produção de café, sendo responsável por três a cada quatro sacas de Conilon produzidas no País. O Estado produz em quantidade e com qualidade, as duas espécies de café que são consumidas no mundo: Arábica e Conilon. No ano passado, a área do Conilon no Espírito Santo foi de 259,174 hectares, o que rendeu uma média de 47,7 sacas por hectare.
Para este ano, a previsão é de 261.921 hectares e 43,8 sacas por hectare, segundo dados levantados pela Gerência de Dados e Análises da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag). Ainda segundo o levantamento, a cafeicultura capixaba gera cerca de 400 mil empregos diretos e indiretos, e está presente em mais de 75 mil das 108 mil propriedades agrícolas do Estado.
“Essa vitória é de todos os capixabas. Representa os esforços dos produtores rurais na busca pela excelência nos processos de produção e sustentabilidade. Representa os esforços do Governo do Estado e de todos os parceiros em investir, apoiar e oportunizar o desenvolvimento de toda a cadeia produtiva do café no Espírito Santo. Representa acima de tudo o potencial do Estado para o cultivo e produção com excelência dos cafés especiais capixabas”, comentou o secretário de Estado da Agricultura, Ênio Bergoli.
(Fotos: Adriano Zucolotto/Governo do ES)