Os programas de crédito produtivo lançados pelo Governo capixaba, por meio do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), em atendimento ao empresariado durante a pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), foram apresentados em Brasília. A apresentação aconteceu no Seminário Internacional “O papel do financiamento na retomada do crescimento da economia brasileira”, organizado pela Câmara dos Deputados, na terça-feira (21/06).
O Bandes participou do painel “Instituições financeiras de desenvolvimento subnacionais, pacto federativo e a agenda do desenvolvimento regional”, com representantes de outras instituições de fomento. O banco apresentou os resultados das medidas socioeconômicas de enfrentamento à pandemia adotadas no período necessário de distanciamento social e que impactaram a economia mundial, obrigando que políticas públicas fossem formuladas para mitigar os efeitos negativos, com a linha de crédito emergencial e recursos do Fundo de Proteção ao Emprego, bem como, expôs a atuação na gestão e criação do Fundo Soberano do Espírito Santo.
“O Espírito Santo é o único Estado subnacional a ser dono de um Fundo Soberano. Uma parte dos recursos deste fundo é destinada para investimentos e que foi colocada em nosso pacote de atração de negócios, atuando como partícipe de empreendimentos capixabas, seja através da aquisição de debêntures, seja através da gestão de fundos de investimentos em participação. Assim, criamos o Fundo de Investimentos em Participação, com recursos advindos do Fundo Soberano do Espírito Santo, que já tem feito a diferença para o crescimento da economia estadual”, afirmou o diretor-presidente do Bandes, Munir Abud de Oliveira.
A realização do evento, que ocorreu de maneira presencial, no Auditório Freitas Nobre, na Câmara dos Deputados, contou com transmissão on-line e pela TV Câmara. O evento teve a organização da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados e trouxe especialistas internacionais em políticas públicas e representantes de organizações voltadas ao fomento. O objetivo foi discutir os desafios e oportunidades para a retomada de um novo ciclo de crescimento econômico, com o aumento do emprego e da renda.
O Fundo de Proteção ao Emprego, operado pelo Bandes, foi o maior em volume de recursos disponíveis em todo o território brasileiro. Com R$ 250 milhões, a linha de crédito emergencial recebeu o maior aporte do País e foi direcionada a empresas de diferentes segmentos, com foco na manutenção das atividades produtivas e de postos de trabalho.
O diretor do Bandes destacou que o Governo do Espírito Santo desenvolveu uma série de medidas como o Fundo de Proteção ao Emprego, uma linha de crédito emergencial para a injeção de recursos na economia local, provocando, desta forma, a redução de impactos socioeconômicos nas empresas capixabas. Outra medida adotada foi o Fundo de Aval Bandes, um mecanismo garantidor à contratação de operações de crédito para financiamento junto às instituições financeiras
“No cenário socioeconômico recente, em que vivenciamos uma crise sanitária sem precedentes, a importância dos bancos públicos voltou a ser percebida. Em um esforço da equipe do banco para agilizarmos os processos e tornar a concessão de crédito mais digital, pudemos disponibilizar uma linha de crédito emergencial com menos burocracia e que pudesse realizar o atendimento aos segmentos mais afetados, com condições adequadas para a manutenção das atividades produtivas. Agora, no novo ciclo que se inicia, o banco volta a apoiar o segmento produtivo, por meio do Bandes retomada, que, como o nome indica, tem o papel de dar acesso aos empresários aos recursos para investir e voltar a crescer”, ressaltou Munir Abud de Oliveira.
Como forma de preparar a instituição para atender o empresariado, possibilitando que, dessa forma, possam investir no negócio neste momento econômico de retomada gradual da economia, o Bandes ampliou a disponibilidade de recursos da linha de crédito para capital de giro emergencial destinado a micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) capixabas. Com o programa de crédito emergencial Bandes Retomada, o banco tem o objetivo de proporcionar a manutenção da capacidade produtiva às MPMEs, por meio de crédito para capital de giro concedido com condições atrativas. São mais R$ 170 milhões disponíveis para o empresariado.