O presidente da Juventude Socialista Brasileira no Espírito Santo, o advogado Jiberlandio Sahad, divulgou nota defendendo o governador Renato Casagrande (PSB) de ataques disparados, principalmente, de dirigentes do Partido dos Trabalhadores, por ter recebido, na manhã deste sábado (12/02), o pré-candidato a presidente da República pelo Podemos, o ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro. O encontro de Casagrande e Moro, para um café da manhã, foi na Residência Oficial do Governador, na Praia da Costa, em Vila Velha.
Na nota, Jiberlandio Sahad destaca que Renato Casagrande, além de sua representação institucional como governador, é uma liderança histórica dentro do PSB e filiado há 34 anos no partido. “O Podemos compõe a base do governo do Estado com um de seus principais quadros, o ex-prefeito de Viana, Gilson Daniel (atual secretário Estadual de Economia e Planejamento). O Governador já recebeu Ciro Gomes, Eduardo Leite (governador do Rio Grande do Sul), João Doria (governador de São Paulo), Cabo Daciolo, e, bem recentemente, o ex-governador baiano, senador Jacques Wagner, do PT (foto)”.
Com exceção de Jacques Wagner, os demais políticos são também possíveis candidatos à Presidência da República, nas eleições de outubro deste ano. “A Juventude Socialista se sente contemplada com atitude de seu líder (Casagrande), principalmente porque preza pelo diálogo, base e pilar dos princípios democráticos”, diz a nota.
Jiberlandio Sahad prossegue dizendo que “a cultura do veto pelo simples veto não deve fazer parte do jogo político eleitoral. Patrulhamento ideológico, igualmente, não confere legitimidade a nenhum processo democrático”.
Segundo ele, “o próprio Lula, quando candidato a Presidente, se senta à mesa com lideranças de fora do seu espectro de alianças. Haja vista o debate sobre a indicação do ex-governador tucano Geraldo Alckmin para compor a chapa petista”.
A nota conclui: “Renato Casagrande sempre se destacou como um progressista, foi e é um dos governadores críticos das ações do governo Bolsonaro (Jair Bolsonaro), e nem por isso, fecha as portas do Palácio Anchieta para seus ministros ou até mesmo para o Presidente. Assim funcionam as democracias”.
A birra dos petistas com Sergio Moro se chama Lava Jato. Como juiz federal em Curitiba, Moro foi o responsável pelos processos que colocaram na cadeia políticos do PT e de outros partidos – além de empresários –, acusados por um dos maiores escândalos de corrupção do mundo, que foi o desvio de bilhões de reais da Petrobras.
Foi Sergio Moro, ainda como juiz federal, quem condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em dois processos da Lava Jato: Tríplex do Guarujá e Sítio de Atibaia. No entanto, o Supremo Tribunal Federal “descondensou” o ex-presidente Lula, alegando que ele deveria ter sido julgado pela Justiça Federal do Distrito Federal e não do Paraná. Desta forma, os dois processos – Tríplex do Guarujá e Sítio de Atibaia –, ao serem distribuídos na Justiça Federal, em Brasília, foram extintos pela prescrição.