O Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil deflagrou, na manhã dessa quinta-feira (10/09), a Operação Cartagena, com alvos de mandado de busca e apreensão e prisão, em Vila Velha, Aracruz e Itaipava, distrito de Itapemirim. Os alvos fazem parte de uma organização criminosa formada por nacionais da Colômbia e Equador, que pratica crimes contra a economia popular, contra o patrimônio, contra a pessoa, como extorsões, ameaças, entre outros. Um policial civil foi alvo da quadrilha em janeiro deste ano.
A ação policial será desencadeada da seguinte forma: os cumprimentos dos mandados serão realizados pela Polícia Civil e será dado um apoio pela Polícia Federal, na identificação e verificação de regularidade dos eventuais imigrantes que forem encontrados no local.
Ao todo, cerca de 50 agentes atuam na operação, com participação do secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, coronel Alexandre Ramalho, e do delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda.
Gangue tentou matar policial civil
No dia 7 de janeiro de 2020, o investigador de Polícia Civil Cláudio Bobbio Filho, de 59 anos, foi alvo dos criminosos estrangeiros. Ele foi baleado quando tentava socorrer um agiota colombiano, no bairro Ataíde, em Vila Velha. Cláudio Bobbio estava de folga.
De acordo com a Polícia Militar, a equipe foi acionada por volta das 16h10 por moradores que relataram ter acontecido uma tentativa de homicídio por arma de fogo, na Estrada Jerônimo Monteiro. Chegando no local, os militares encontraram Cláudio Bobbio e o agiota colombiano baleados.
No local, testemunhas contaram que o homem baleado estava de moto quando foi atingido e caiu no meio da pista. O policial civil, que passava de carro, “achou que se tratava de um acidente e parou para socorrê-lo”.
Cláudio já havia colocado o homem ferido no carro, quando os atiradores voltaram e dispararam mais duas vezes contra o veículo.
Os agiotas estrangeiros emprestam dinheiro a comerciantes e a outras pessoas na Grande Vitória e interior do Estado. O pagamento pelo empréstimo é feito diariamente. Os agiotas vão aos estabelecimentos comerciais cobrar o valor dos juros diários. Normalmente, ameaçam matar os devedores que não quitam as dívidas em dia. A suspeita é de que o dinheiro cedido como empréstimo seja oriundo do tráfico internacional de drogas.