A confiança depositada por empresários no Espírito Santo e a credibilidade alcançada pelo Estado com a política de ajuste fiscal adotada a partir de 2012, no segundo ano do primeiro governo de Renato Casagrande, estão fazendo subir de maneira impressionante a gama de investimentos em solo capixaba. A atual carteira aponta um total R$ 57,3 bilhões, através de 512 projetos, em investimentos a serem feitos no Estado até 2023.
Os dados são do seminário “Investimentos Anunciados para o Espírito Santo: perspectivas atuais e futuras”, que aconteceu quarta-feira no auditório do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), na Beira Mar, em Vitória.
O evento contou com apoio e exposições da Federação das Indústrias do Estado (Findes), do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) e do movimento empresarial Espírito Santo em Ação.
O IJSN realiza anualmente um levantamento dos investimentos anunciados para o Espírito Santo que engloba projetos com valor individual igual ou superior a R$ 1 milhão, públicos e privados, previstos ou em execução. O estudo é uma parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento (Sedes), órgão do Governo responsável pela atração de projetos dinamizadores da economia.
Do total de R$ 57,3 bilhões em investimentos anunciados, a indústria é o setor que soma maior volume de investimentos, com R$ 55,3 bilhões. Destaca-se ainda no levantamento do IJSN o fato de 66,2% do total de investimentos anunciados para o período já estarem em Execução (R$ 37,9 bilhões). Destes, os que possuem maior valor são os das indústrias extrativa (especialmente petróleo e gás) e de transformação, além da construção.
O técnico do IJSN responsável pelo levantamento, Claudimar Pancieri Marçal, apresentou os dados, além de um histórico da evolução dos investimentos no Estado. O levantamento é realizado pelo IJSN desde 2000 e apresenta ainda a distribuição regional dos investimentos, os investimentos concluídos e a origem do capital.
“Nós apuramos com os principais atores os seus planos de investimentos, monitora com seriedade e divulga. E o ingrediente fundamental desse trabalho é a honestidade intelectual. O instituto considera este como um trabalho de grande relevância, que cumpre seu papel de monitorar e acompanhar as tendências e a evolução dos investimentos no Estado e que forma expectativas. Queremos alimentar a credibilidade já consolidada dessas avaliações sobre as decisões de investimentos e que essa se torne cada vez mais uma ferramenta de construção de expectativa e de visão sobre o nosso futuro”, pontuou o diretor-presidente do IJSN, Luiz Paulo Vellozo Lucas.
Representando a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e o Fórum Capixaba de Petróleo e Gás, o economista Durval Vieira de Freitas apresentou um panorama dos principais setores e arranjos produtivos da economia capixaba, com destaque para as perspectivas de investimentos na indústria. Durval falou ainda sobre as oportunidades em setores como educação e desenvolvimento tecnológico, além dos desafios capixabas, a citar: aumento da produtividade, crise hídrica, infraestrutura, entre outros.
“A única coisa que temos certa hoje, é a mudança. O que vale hoje, não vale amanhã”, ponderou, reiterando a necessária articulação e movimentação dos atores públicos e privados em torno da potencialização das oportunidades para o desenvolvimento do Espírito Santo.
O diretor de Negócios do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), Luiz Fernando Castro de Mello Leitão, falou sobre a atuação do banco em programas de fomento para o fortalecimento e atração de investimentos estratégicos por meio de financiamentos a empresas.
“Promover o desenvolvimento e a modernização dos diferentes segmentos econômicos capixabas é um dos focos do Bandes. Para isso, temos procurado as entidades representativas e lideranças, para apresentar nossa carteira de produtos e serviços, destacando nossos produtos e programas. A ideia é que o banco faça uma ponte entre as ações de fomento às atividades produtivas e o incentivo aos setores empresariais”, explicou.
O secretário executivo do Espírito Santo em Ação, Orlando Bolsanelo Caliman, apresentou os pilares basilares dos trabalhos da organização, ressaltando a importância da educação e da formação de novas lideranças.
“O papel do Espírito Santo em Ação passa pela organização, articulação e mobilização de atores diversos para a melhoria do ambiente de negócios no Espírito Santo e em torno de projetos que visem o desenvolvimento sustentável do Estado”.
Presente no evento, o secretário de Desenvolvimento, Marcos Kneip, destacou aspectos do Estado que contribuem para a melhoria do ambiente de negócios. “O Espírito Santo vive um novo ciclo de desenvolvimento. Além do equilíbrio fiscal, reforçado com conquista da nota A pela Secretaria do Tesouro Nacional, desde 2012, o Estado tem buscado diferentes alternativas para manter sua competitividade, reduzindo a burocracia processual para a abertura de negócios e, consequentemente, garantindo maior liberdade às empresas. Estamos muitos felizes com os resultados apresentados hoje, e vamos trabalhar para buscar muito mais”, reforçou.
(Com informações também do Portal do IJSN)