O governador Renato Casagrande acaba de divulgar nota a respeito da prisão do novo presidente do Banestes, Vasco Cunha Gonçalves, no âmbito da Operação Circus Maximus, realizada na manhã desta terça-feira (29/01) e que mira supostas fraudes no Banco Regional de Brasília (BRB). Vasco Gonçalves, que assumiu a Presidência do Banestes na segunda-feira (28/01), era, até ano passado, presidente do BRB.
Na nota, Casagrande afirma que o governo capixaba foi surpreendido pela prisão, pois o Inquérito Policial tramitava, até então, em segredo de Justiça. O governador garantiu ainda que a nomeação de Vasco Gonçalves se deu depois que o nome dele foi aprovado pelo Banco Central do Brasil, conforme determina a legislação.
“O nome de Vasco Cunha Gonçalves foi aprovado pelo Banco Central, que promove rigorosa análise dos currículos dos indicados para bancos públicos. A operação estava em segredo de Justiça e o Governo foi, assim, surpreendido pelos fatos. Como determina o estatuto do Banestes, seu Conselho Administrativo se reunirá hoje, até o final da tarde, para escolher, entre os atuais diretores, quem assumirá interinamente a presidência, até que o novo presidente seja escolhido e nomeado”, diz a nota do governador Renato Casagrande.
Tão logo a notícia de que o presidente Vasco Cunha Gonçalves era “alvo de mandado de prisão por possível envolvimento enquanto exercia o cargo de diretor-presidente do BRB”, o Conselho de Administração do Banestes se reuniu e “designou Silvio Henrique Brunoro Grillo para exercer interinamente o cargo de Diretor-Presidente, cumulativamente ao cargo de Diretor da área de Tecnologia”.
“O Banestes aguarda o andamento das investigações pelos órgãos competentes, e maiores informações, assim que confirmadas, serão tempestivamente comunicadas ao mercado em geral”, disse o Diretor de Relações com Investidores e de Finanças, João Fabio de Souza Tavares, em comunicado enviado ao mercado financeiro e à imprensa.
A Operação Circus Maximus foi deflagrada pela Polícia Federal no inquérito que investiga um suposto esquema de pagamento de propina de R$ 16,5 milhões a diretores e ex-diretores do Banco de Brasília (BRB), em troca de investimentos no antigo Trump Hotel, no Rio de Janeiro.
O então presidente do BRB, Vasco Cunha Gonçalves, além dos diretores Financeiro e de Relações com Investidores, Nilban de Melo Júnior, e de Serviços e Produtos, Marco Aurélio Monteiro de Castro são os alvos da operação.
Outros investigados são Diogo Cuoco e Adriana Cuoco, filho e nora do ator de telenovelas Francisco Cuoco e Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, neto do general João Baptista Figueiredo.
A operação é fruto da delação premiada de executivos da Odebrecht, do corretor Lúcio Bolonha Funaro, operador de propinas para o MDB, e do empresário Ricardo Siqueira Rodrigues embasaram a operação da PF.
(Com informações também do jornal Correio Braziliense)