A senadora Rose de Freitas (Podemos) negou na noite desta quinta-feira (20/09) que irá renunciar a disputa pelo governo do Espírito Santo. Durante todo o dia, surgiram especulações de que Rose iria abandonar a candidatura.
Os motivos seriam os baixos índices nas pesquisas de opinião e com a falta de estrutura na campanha. No entanto, a Assessoria de Imprensa da senadora negou que ela irá renunciar, garantido que Rose é candidata e que “será a governadora”. Por volta das 21h45 de quita-feira, a senadora postou em sua página no Faceboock trecho de sua manifestação durante debate da TV Tribuna, realizado pela manhã, em que reafirmou a disposição de continuar na disputa, antecipando-se à onda de especulações que dominou parte do dia:
“Sou candidata ao governo! Já tentaram me renunciar umas 10 vezes aqui neste Estado, sabendo que eu tinha que comparecer ao Congresso Nacional para trabalhar. Continuo pelo nosso caminho”, afirmou Rose de Freitas.
Pela manhã, a senadora participou, ao lado dos demais postulantes ao cargo, a um debate promovido pela TV Tribuna. À tarde, Rose de Freitas foi sabatinada sede da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), em Vitória. Na sabatina feita para empresários, Rose afirmou que, se eleita, vai combater a sonegação fiscal no Espírito Santo para ampliar investimentos – uma possibilidade, por exemplo, para contemplar as Polícias Civil e Militar e qualificar a área de Segurança Pública.
“Por mais que o setor produtivo seja organizado, a sonegação fiscal de nosso Estado é muito alta. Disseram que se eu falasse isso perderia essa eleição. Gostaria muito de ganhar a eleição, mas não vou esconder aquilo que eu penso. A sonegação é de mais de R$ 5 bilhões por ano, veja o que dá para se fazer com esse recurso”, ponderou a candidata.
E completou: “Sabemos que a Polícia não paga um bom salário, mas como vamos pagar um bom salário? Combatendo a sonegação fiscal será possível prover recursos para a revisão salarial”.
Rose também afirmou aos empresários presentes no evento que é preciso equilíbrio para medir o custo-benefício de incentivos fiscais para não causar prejuízos ao Estado. “Os incentivos fiscais [para a atração de indústrias e investimentos] têm de ser selecionados caso a caso, conforme o que será produzido ou não por aquele incentivo. O Estado concede, o Estado incentiva, mas o resultado disso tem de ser a favor da população”, observou.
Ainda na área de Segurança, Rose defendeu a união de governo e iniciativa privada para “pacificar a sociedade capixaba”. A candidata lamentou o sofrimento vivido pela comunidade do Morro da Piedade, em Vitória, e disse estar pronta para agir contra o crime organizado.