A cúpula do Museu Nacional da República, em Brasília, vai exibir números que revelam a dimensão da crise de segurança pública brasileira. Nos dias 21 e 22 deste mês, das 19 horas às 22 horas, uma projeção mapeada vai mostrar a quantidade de homicídios, estupros e roubos registrados no Brasil por ano; o impacto da violência para a economia do país e outros dados que reforçam a ineficiência do modelo policial brasileiro.
A ação ocorre no âmbito do 1º Congresso de Jornalismo e Segurança Pública, realizado nesses dias 21 e 22, sob a coordenação da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) e do Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal (Sindipol/DF). Durante os dois dias, as entidades vão reunir policiais federais, especialistas, jornalistas, pesquisadores, estudantes e sociedade civil para discutir os desafios e perspectivas do setor.
Segundo o presidente da Fenapef, Luís Boudens, o objetivo da ação é inserir a segurança pública na agenda de debates nacional e conscientizar a sociedade de que ela precisa acompanhar o setor e cobrar dos parlamentares ações efetivas, que de fato contribuam para a modernização da Segurança Pública.
“Os mais de 61,5 mil assassinatos cometidos em 2016 no País equivalem ao número de mortes provocadas pela explosão da bomba nuclear que dizimou a cidade de Nagasaki, no Japão, durante a Segunda Guerra Mundial. Enquanto isso, o País continua insistindo em um modelo de segurança pública que não encontra paralelo em nenhum lugar do mundo”, destacou o presidente da Fenapef, Luís Boudens.
As informações projetadas são do Forúm Brasileiro de Segurança Pública (FBSP); Confederação Nacional da Indústria (CNI); e Tribunal de Contas da União e foram levantados no período de 2013 a 2017.
Programação do 1º Congresso de Jornalismo e Segurança Pública
O 1º Congresso de Jornalismo e Segurança Pública vai receber nomes importantes como o do presidente do Forúm Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), Renato Sergio de Lima, e do fundador do Grupo de Ações Táticas Especiais da Polícia Militar (GATE) e professor da USP, Diógenes Lucca.
Também estão previstos debates com os policiais Eliel Teixeira, da Polícia do Condado de Los Angeles (EUA), e Rob Salomão, da Polícia Real Montada do Canadá, sobre o modelo de investigação brasileiro; além de jornalistas que se destacaram na cobertura da Lava-Jato e da crise de Segurança Pública em 2017.
O evento é aberto ao público. Faça aqui a sua inscrição para participar podem ser realizadas até o dia 20/11.
(Com informações do Portal da Fenapef)