Inquérito
que acaba de ser relatado pelo delegado Breno Andrade, do Núcleo de
Investigação Especial da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), concluiu
não haver elementos suficientes para indiciar por homicídio doloso um grupo de
10 policiais militares que participaram de uma troca de tiros que resultou na
morte do estudante Andriew Henrique Barroso Santos, o Dudu, 14 anos, ocorrida
há um ano e oito meses atrás.
que acaba de ser relatado pelo delegado Breno Andrade, do Núcleo de
Investigação Especial da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), concluiu
não haver elementos suficientes para indiciar por homicídio doloso um grupo de
10 policiais militares que participaram de uma troca de tiros que resultou na
morte do estudante Andriew Henrique Barroso Santos, o Dudu, 14 anos, ocorrida
há um ano e oito meses atrás.
O
tiroteio aconteceu no bairro Jardim Tropical, na Serra, depois que o carro
roubado em que estavam Dudu e mais alguns amigos furou dois cercos policiais,
após fugirem de uma abordagem na sede do município.
tiroteio aconteceu no bairro Jardim Tropical, na Serra, depois que o carro
roubado em que estavam Dudu e mais alguns amigos furou dois cercos policiais,
após fugirem de uma abordagem na sede do município.
Ficou
comprovado que os policiais teriam agido em legítima defesa, caracterizando que
também não havia no decorrer das investigações falta de elementos para
indiciá-los por homicídio culposo.
comprovado que os policiais teriam agido em legítima defesa, caracterizando que
também não havia no decorrer das investigações falta de elementos para
indiciá-los por homicídio culposo.
Na
ocasião – por volta das 23 horas de 27 de fevereiro de 2012 –, os policiais
foram massacrados e “fuzilados” publicamente; a Polícia Militar teve seus
métodos colocados em xeque; e moradores – seguindo ordem de traficantes do
bairro – fecharam ruas, queimaram pneus e destruíram ônibus.
ocasião – por volta das 23 horas de 27 de fevereiro de 2012 –, os policiais
foram massacrados e “fuzilados” publicamente; a Polícia Militar teve seus
métodos colocados em xeque; e moradores – seguindo ordem de traficantes do
bairro – fecharam ruas, queimaram pneus e destruíram ônibus.
Desde os
primeiros momentos da ocorrência, o Comando Geral da Polícia Militar sustentou
que durante a perseguição os policiais revidaram os disparos efetuados por
ocupantes de um carro roubado. Dentro do veículo, segundo a polícia, havia sete
suspeitos, e Andriew Dudu era um deles.
primeiros momentos da ocorrência, o Comando Geral da Polícia Militar sustentou
que durante a perseguição os policiais revidaram os disparos efetuados por
ocupantes de um carro roubado. Dentro do veículo, segundo a polícia, havia sete
suspeitos, e Andriew Dudu era um deles.
A ocorrência teve início na Serra-Sede, quando os militares receberam a
denúncia de que um Chevrolet Agile, roubado em Cariacica, no dia 24 de
fevereiro de 2012, foi visto na região. Ainda segundo a PM na ocasião, ao
localizar o veículo, a polícia tentou fazer a abordagem, mas os ocupantes
fugiram. O veículo foi perseguido até o bairro Jardim Tropical, onde os
suspeitos bateram em um poste. No decorrer da perseguição, os criminosos
furaram dois bloqueios policiais.
Durante a
fase investigatória foram constatadas algumas contradições por parte de
testemunhas – principalmente amigos e familiares de Dudu. A mãe do adolescente,
em entrevista ao jornal A Tribuna à época, revelou que os policiais teriam
obrigado seu filho a ficar de joelhos e depois um dos PMs atirou em Dudu.
fase investigatória foram constatadas algumas contradições por parte de
testemunhas – principalmente amigos e familiares de Dudu. A mãe do adolescente,
em entrevista ao jornal A Tribuna à época, revelou que os policiais teriam
obrigado seu filho a ficar de joelhos e depois um dos PMs atirou em Dudu.
Ao ser
ouvida pela Delegacia de Crimes contra a Vida da Serra, no entanto, a mãe – que é pedagoga – não
confirmou a história: disse apenas que, ao chegar ao local do tiroteio,
encontrou dois amigos do filho sendo algemados e colocados numa viatura e o
filho já havia sido socorrido pela própria PM e levado a um hospital, onde
morreu.
ouvida pela Delegacia de Crimes contra a Vida da Serra, no entanto, a mãe – que é pedagoga – não
confirmou a história: disse apenas que, ao chegar ao local do tiroteio,
encontrou dois amigos do filho sendo algemados e colocados numa viatura e o
filho já havia sido socorrido pela própria PM e levado a um hospital, onde
morreu.
Outro
menor, apreendido após o tiroteio, chegou a afirmar anteriormente que seu
parceiro Dudu teria sido “executado”. Ouvido pela Polícia Civil, ele negou a
informação.
menor, apreendido após o tiroteio, chegou a afirmar anteriormente que seu
parceiro Dudu teria sido “executado”. Ouvido pela Polícia Civil, ele negou a
informação.
Outra
contradição detectada pela equipe do delegado Breno Andrade: a imprensa havia
noticiado que pelo menos 54 tiros haviam sido disparados pela polícia. A
perícia realizada no local verificou que foram 34 disparos, fato considerado
normal por causa da quantidade de policiais que participaram da operação e do
número de suspeitos envolvidos na ação.
contradição detectada pela equipe do delegado Breno Andrade: a imprensa havia
noticiado que pelo menos 54 tiros haviam sido disparados pela polícia. A
perícia realizada no local verificou que foram 34 disparos, fato considerado
normal por causa da quantidade de policiais que participaram da operação e do
número de suspeitos envolvidos na ação.
As
investigações concluíram ainda que, embora o adolescente Dudu não tivesse
passagem na polícia, a mãe dele sabia que o filho andava com más companhias,
inclusive com dois jovens que já tinham sido presos. No dia da morte de Dudu, a
mãe desconhecia que o filho estivesse na rua “em altas horas”.
investigações concluíram ainda que, embora o adolescente Dudu não tivesse
passagem na polícia, a mãe dele sabia que o filho andava com más companhias,
inclusive com dois jovens que já tinham sido presos. No dia da morte de Dudu, a
mãe desconhecia que o filho estivesse na rua “em altas horas”.
Na
ocasião da tragédia, parentes do adolescente disseram que ele chegou a sair do
carro com as mãos na nuca, possivelmente por ter sido atingido de raspão. Depois,
ainda de acordo com a família, o estudante foi morto com seis tiros: dois
disparos na cabeça do garoto, um no lado direito do peito, um no lado esquerdo,
um na costela e um nas costas. Esta versão, no entanto, foi desmentida durante
as investigações da Polícia Civil.
ocasião da tragédia, parentes do adolescente disseram que ele chegou a sair do
carro com as mãos na nuca, possivelmente por ter sido atingido de raspão. Depois,
ainda de acordo com a família, o estudante foi morto com seis tiros: dois
disparos na cabeça do garoto, um no lado direito do peito, um no lado esquerdo,
um na costela e um nas costas. Esta versão, no entanto, foi desmentida durante
as investigações da Polícia Civil.
O
Inquérito Policial concluído pelo Núcleo de Investigação Especial elaborado
encaminhado à Justiça e passará, antes de chegar ao Juízo, pelo crivo do
Ministério Público Estadual. O representante do MP poderá solicitar novas
diligências ou decidir pelo arquivamento do inquérito.
Inquérito Policial concluído pelo Núcleo de Investigação Especial elaborado
encaminhado à Justiça e passará, antes de chegar ao Juízo, pelo crivo do
Ministério Público Estadual. O representante do MP poderá solicitar novas
diligências ou decidir pelo arquivamento do inquérito.
Outra ação
O 1º
sargento Emanoel Nascimento, o cabo Jailton Mendes de Oliveira e os Soldados
Gibson dos Santos Júnior e Álvaro Martins Neto não tiveram a mesma sorte que
seus colegas de farda que participaram da operação em Jardim Tropical. Eles
foram indiciados por dolo eventual pela morte da comerciária Maria da Penha
Schöpf Auer, 44 anos – ela foi baleada durante um tiroteio entre bandidos e
policiais militares na noite do dia 29 de abril deste ano, na Serra.
sargento Emanoel Nascimento, o cabo Jailton Mendes de Oliveira e os Soldados
Gibson dos Santos Júnior e Álvaro Martins Neto não tiveram a mesma sorte que
seus colegas de farda que participaram da operação em Jardim Tropical. Eles
foram indiciados por dolo eventual pela morte da comerciária Maria da Penha
Schöpf Auer, 44 anos – ela foi baleada durante um tiroteio entre bandidos e
policiais militares na noite do dia 29 de abril deste ano, na Serra.
Os
quatro policiais também foram indiciados por dolo direto pela morte de um dos
suspeitos de seqüestrar a comerciária e de tentativa contra outro dos
criminosos.
quatro policiais também foram indiciados por dolo direto pela morte de um dos
suspeitos de seqüestrar a comerciária e de tentativa contra outro dos
criminosos.
O inquérito que indiciou
os quatro policiais militares, que já se encontram presos por ordem da Justiça,
foi encerrado em setembro, conforme este blog informou em primeira mão.
os quatro policiais militares, que já se encontram presos por ordem da Justiça,
foi encerrado em setembro, conforme este blog informou em primeira mão.