A Polícia Civil indiciou, por homicídio doloso – quando há intenção –, o 1º sargento Emanoel Nascimento, o cabo Jailton Mendes de Oliveira e os Soldados Gibson dos Santos Júnior e Álvaro Martins Neto pela morte da comerciária Maria da Penha Schöpf Auer, 44 anos. Ela foi baleada durante um tiroteio entre bandidos e policiais militares na noite do dia 29 de abril deste ano, na Serra. Os quatro tiveram a prisão decretada pela Justiça na quinta-feira (19/09). A prisão dos quatro policiais foi confirmada por fontes das Polícias Militar e Civil. Eles já se encontram recolhidos na carceragem do Quartel do Comando Geral da PM, em Maruípe, Vitória.
Maria da Penha, que era gerente de um supermercado, foi morta dentro do porta-malas de um carro, quando ela e o marido estavam sendo vítimas de sequestro relâmpago. O marido, que estava dentro do veículo, não foi atingido pelos tiros. Um dos bandidos (Warley Clarindo Nascimento), porém, foi morto pela PM na troca de tiros. Os quatro militares também foram indiciados pela morte do assaltante.
O inquérito que apurou a tragédia foi encerrado no dia 21 de agosto e presidido pelo delegado Breno Andrade, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa. Procurado pelo Blog do Elimar Côrtes para falar sobre a conclusão das investigações, o delegado orientou procurar a Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Segurança Pública. Por sua vez, a Assessoria informou que “o inquérito foi concluído e encaminhado à Justiça.”
O comandante geral da PM, coronel Edmilson dos Santos, disse a este Blog na noite desta sexta-feira que os quatro policiais militares já estavam afastados das atividades operacionais desde a morte de Maria da Penha. Estavam atuando no serviço administrativo do 6º Batalhão (Serra).
O coronel acrescentou que, segundo informações repassadas para ele pelo comandante da unidade onde o sargento Emanoel Nascimento, o cabo Jailton Mendes de Oliveira e os soldados Gibson dos Santos Júnior e Álvaro Martins Neto estão lotados, tenente-coronel Nylton Rodrigues Ribeiro Filho, os quatro militares já teriam tido a prisão revogada pela Justiça.