O Espírito Santo vai investir quase R$ 2 milhões para as unidades especializadas da Polícia Militar se equiparem melhor para os protestos nos grandes eventos nas ruas. Um edital de licitação foi lançado pela Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) no Diário Oficial desta quarta-feira (18/09) para comprar 600 trajes antitumulto.
O governo explica que se trata da compra de “Trajes Antitumulto para Controle de Distúrbios Civis, para atender à demanda das Unidades Especializadas da Polícia Militar do Espírito Santo”. No meio militar, os trajes são conhecidos como “exoesqueleto”.
Popularmente, o policial se torna uma espécie de “Robocop”, o que torna o militar com mais resistência para enfrentar protestos. Nas manifestações realizadas na Grande Vitória a partir de junho desde ano, dezenas de policiais militares ficaram feridos. Muitos foram atingidos com pedradas nos olhos e cabeça, atiradas, principalmente, por vândalos infiltrados entre os manifestantes do bem. A Polícia Militar tem se deparado com diversas ocorrências de manifestações civis. O uso dos kits antimotim se traduz em menos traumas e lesões nos policiais e nos manifestantes.
O subsecretário de Estado da Segurança Pública de Gestão Estratégica, tenente-coronel Gustavo Debortoli, explicou que, neste primeiro momento, o Estado abriu licitação para comprar colete antitumulto, cotoveleira, protetor pélvico, protetor de coxa e acessório de cintura e bolsa de transporte. O gasto deve girar em torno de R$ 1.890.000,00. Em outro processo, serão adquiridos capacetes balísticos.
O subsecretário Gustavo Debortoli explicou que a compra dos equipamentos já estava prevista antes do início das manifestações populares, que ocorreram em todo o País: “Na verdade, a compra já estava no planejamento estratégico da Polícia Militar há algum tempo. As ocorrências nas manifestações apenas precipitaram a aquisição do material. Vale ressaltar que outras Polícias Militares Estaduais já possuem esses equipamentos, inclusive a nossa PM, mas de forma bastante reduzida”, disse o subsecretário.
Ele faltou da importância do exoesqueleto: “Muitos de nossos policiais foram feridos por vândalos. Se tivessem com esses equipamentos, estariam melhor protegidos. Felizmente, todos que foram feridos já saíram da licença médica”, disse Gustavo Debortoli.
O subsecretário de Gestão Estratégica da Sesp garantiu ainda que a compra dos equipamentos para serem usados por policiais militares de unidades como o Batalhão de Missões Especiais e Rotam tem a finalidade de garantir, sobretudo, a segurança da população nas ruas:
“A partir do momento que o policial está melhor protegido, ele estará apto a proteger as pessoas nas ruas. O intuito maior, portanto, é oferecer um serviço melhor à população. Para tanto, os policiais precisam estar melhor treinados, preparados e armados”, assegurou o tenente-coronel e subsecretário de Gestão Estratégica Gustavo Debortoli.