O investigador da Polícia Civil Celso Machado Castelan, lotado na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), é uma das 20 pessoas presas pelas polícias Militar e Civil, numa operação conjunta com o Grupo Especial de Trabalho Investigativo do Ministério Público Estadual. Castelan, que atuava em investigações de assassinatos praticados geralmente por traficantes ou a mando dos chefões do tráfico da Grande Vitória, é acusado pelo Geti de fazer a lavagem do dinheiro do tráfico.
Segundo o Ministério Público, Castelan vinha adquirindo, há vários anos, imóveis em nome de laranjas com o dinheiro do tráfico. Promotores de Justiça do Geti informaram que o patrimônio do investigador é incompatível com seu ganho salarial como policial civil. O salário inicial de um investigador no Espírito Santo é de R$ 3,4 mil. Castelan reside numa mansão em Tabuazeiro, onde foi preso na manhã de sexta-feira (16/12) por delegados e investigadores da Divisão de Crimes Funcionais da Corregedoria Geral da Polícia Civil, em cumprimento de ordem judicial. A equipe foi coordenada pelo delegado José Porfírio de Bessa.
Também foram presos o soldado da Polícia Militar Wagner Guimarães Rocha, o Waguinho, e o servidor público da Prefeitura de Vitória Ismael Cirilo Vieira, o Gordinho. Waguinho é acusado de passar informações privilegiadas, distribuir munição e ser comparsa de Gordinho, que, por sua vez, é acusado de ser o gerente do tráfico de drogas comandado por Pedro Paulo Vieira, o Tonho, que também foi preso.
Toda operação realizada na sexta-feira foi possível graças aos esforços em conjunto do Geti com a Diretoria de Inteligência da Polícia Militar e do Serviço Reservado de Informação (P-2) do 1° Batalhão (Vitória).
Autorizados pela Justiça, os agentes da Dint e da P-2 realizaram escutas telefônicas e grampearam mais de 30 pessoas suspeitas de tráfico em diversos bairros de Vitória. Foi por intermédio das investigações que os policiais Castelan e Waguinho e o servidor público Gordinho foram descobertos e presos.