O mercado foi surpreendido com informações publicadas na coluna da jornalista Andréia Lopes, na edição de domingo (14/08) de A Gazeta, de que o secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), Henrique Herkenhoff, seria um dos nomes apontados pelo Palácio Anchieta para assumir uma vaga no Tribunal de Contas do Estado.
Surpresa, porque se pensou que Henkenhoff, ao abrir mão de um emprego vitalício como desembargador que exercia na Justiça Federal de São Paulo, teria voltado para o Espírito Santo com um único objetivo: melhorar a imagem da segurança pública capixaba.
Se for para o Tribunal de Contas ocupar a vaga do conselheiro Umberto Messias, Herkenhoff encontrará outro emprego vitalício.
Entretanto, apesar de Henrique Herkenhoff ter declarado para Andréia Lopes que é candidato a ficar como secretário da Segurança, o mercado político começa a fazer projeções sobre quem seria seu substituto.
Fala-se, inclusive, na volta à Sesp de André Garcia, que hoje ocupa a Secretaria de Estado Extraordinária de Ações Estratégicas. Há outros nomes sendo cogitados, como os de coronéis da reserva e da ativa.
Henrique Herkenhoff já conseguiu imprimir seu ritmo de trabalho e de filosofia na cúpula da segurança pública capixaba. Ele é querido pelo chamado “baixo clero” das categorias de policiais civis e militares. As portas de seu gabinete estão sempre abertas para representantes das categorias; ouve as reivindicações e, sempre que possível, atende as demandas das categorias.
Se Herkenhoff mudar de endereço, o governador Renato Casagrande ficará livre para fazer mudanças em outras secretarias que têm estreitas ligações com a Segurança Pública: a Justiça e a Casa Militar.
O prazo de validade do atual secretário da Justiça, Ângelo Roncalli, já está chegando ao fim. Quando foi convidado por Casagrande para permanecer no cargo – Roncalli era secretário da Justiça de Paulo Hartung –, ele declarou que ficaria por, no máximo, cinco ou seis meses, pois teria que retornar a Brasília, onde é servidor público federal de carreira. Oito meses vão se passando. Para o lugar de Roncalli, Casagrande gostaria de convidar um profissional com perfil mais social.
Outra mudança à vista é na Casa Militar, ocupada atualmente pelo coronel PM Hélvio Brostel Andrade, que já ocupava o cargo na gestão de Hartung.
O chefe de Casa Militar sempre é ocupado por um coronel que tem estreita ligação com o governador. Por isso, segundo fontes do Palácio Anchieta, Renato Casagrande já pensa em convidar o coronel Marcos Antônio Campos, atual chefe do Comando de Polícia Ostensiva da Região Sul, que é seu amigo pessoal e que vem realizando um excelente trabalho e reduzindo drasticamente a criminalidade nos municípios do Sul do Estado.