Terça-feira, 19 de julho de 2011, 18 horas. Esta data não será mais esquecida pelo escritor e professor Adilson Vilaça. Ele caminhava no calçadão da Praia de Camburi, em Vitória, com a mulher quando teve uma crise de arritimia cardíaca. Em meio ao desespero, ele foi socorrido por quatro policiais militares que passaram numa viatura da Patrulha Escolar na Avenida Dante Micheline.
E foi graças ao socorro dos policiais, que ligaram a sirene e o levaram imediatamente para o Hospital Santa Rita, em Maruípe, que o professor conseguiu atendimento médico e foi salvo.
“Quando melhorei, os policiais não estavam mais no hospital. Agora quero agradecê-los por terem salvado a minha vida. Está provado que existe a presença da polícia. Eles pararam, me deram atenção e a segurança necessária para que eu obtivesse o atendimento médico”, frisou o escritor, que deseja conhecer os policiais pessoalmente.
Como agradecimento aos policiais, Adilson Vilaça escreveu uma mensagem para a Polícia Militar do Espírito Santo, relatando, em detalhes, como tudo aconteceu.
Na viatura estavam o capitão Warner Di Francesco, coordenador da Patrulha Escolar da PMES, o cabo Adriano Lima Borges, o soldado Edson Santos Nascimento e a soldado Tassyana Siqueira Tavares, que tinham saído de uma reunião e seguiam para uma escola.
“Nós seguíamos no sentido ao Bairro Jardim Camburi quando vimos o casal terminando de atravessar a rua. Eles pediram ajuda e o levamos para o hospital. O senhor estava passando muito mal, mas graças a Deus deu tudo certo”, relembrou o capitão Warner.
Esse foi um dos exemplos que acontecem diariamente na função dos militares, que também atendem situações emergências durante o trabalho operacional. A qualidade do atendimento da PMES faz com que o cidadão confie na instituição para acioná-la em diversas situações.
Segue, abaixo, a mensagem na íntegra:
“MENSAGEM PARA A PM/ES”
Ontem, 19/07, por volta de 18h, fui acometido de uma crise de arritmia cardíaca que elevou a frequência de meus batimentos a 250. O incidente ocorreu no calçadão de Camburi, aonde fora, em companhia de minha esposa (Cristina Dadalto) para caminhar — atividade que, nesses dias de recesso letivo, sempre que posso, eu a realizo no início da manhã e no fim da tarde.
A crise revelou-se tão intensa que, apesar de haver mastigado o comprimido que sempre levo comigo, prescrito para o caso, meia hora depois ela não se havia debelado. Tínhamos ido a pé, como sempre fazemos, e eu nem sequer conseguia atravessar a avenida para tomar um táxi — estávamos na altura da agência do Banco do Brasil, e a há um ponto de táxi nas imediações daquele local. Enquanto fiquei num banco aguardando, do lado da praia, Cristina atravessou para conseguir o socorro; mas o táxi que restava saíra do ponto. Ela retornou bastante desesperada.
Então me lembrei das aulas que ministrei recentemente na Disciplina de Comunicação e Imagem Institucional, do Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais ofertado pela UVV. Durante as aulas eu pontuei aos oficiais casos que me foram relatados ou aos quais já assistira em que a PM/ES contribuíra para o socorro de cidadãos em momentos de aflição. E eis que naquela maré de automóveis despontava uma viatura policial…
Quase sem conseguir articular a fala, abordei os policiais — estavam em quatro na viatura. Eles prontamente me acolheram, ligaram a sirene (que engasgaria, talvez assustada com meu estado!) e me levaram ao Hospital Santa Rita. Minha esposa seguiu por conta própria até nossa casa, onde pegaria o carro, para levar documentos e nos encontrar no Pronto Socorro. Lembro que no percurso me identifiquei como professor do CAO/UVV e que lamentei a possibilidade de não assistir à formatura da atual turma. Ouvi algumas palavras de animação e perguntei por seus nomes… Sou ótimo de memória, mas confesso que não gravei o nome de nenhum deles. Foi impossível.
Enfim, tive atendimento a tempo; essa mensagem é prova de que resisti. Como também resiste a minha convicção de que no geral, ao seguir os princípios institucionais que a regem — e quando bem respaldada em sua ação e preparação — a PM/ES está sempre apta a praticar atos modeladores de uma boa imagem institucional. É claro que motivações inoportunas advindas de políticas desavisadas e de desvios internos sempre estarão batendo à porta para assustar a boa imagem institucional e a cidadania em geral.
Mas no caso do meu susto, final feliz. A PM/ES me deu a acolhida e a segurança necessária — a um cidadão qualquer que os abordou, de tênis, bermudas e sem documentos — até que os médicos me socorressem.
O oficial da viatura fez ocorrência. Por favor, localizem-no e aos três militares com esta mensagem. Transmitam meu muito obrigado. Digam, ainda, que ao comprovar a teoria na prática, sempre esperarei da corporação comportamento que a dignifique e a faça perseverar como esteio da cidadania.
Atenciosamente, Prof. Adilson Vilaça”.
Texto extraído do site da PMES).