O chefe da Divisão de Crimes contra o Patrimônio, delegado Márcio Braga, seu adjunto, Luiz Neves, e mais cinco investigadores da mesma unidade foram presos na manhã desta sexta-feira (13/05), em uma operação efetuada pela Corregedoria Geral de
Polícia Civil, conforme o Blog do Elimar já havia antecipado.
A prisão preventiva dos sete policiais civis foi determinada pelo juiz Marcelo Loureiro, da Vara Especial de Central de Inquéritos, atendendo a um pedido do chefe da Divisão de Crimes Funcionais da Corregedoria, delegado José Porfírio Bessa.
Segundo o corregedor geral da Polícia Civil do Espírito Santo, delegado Emerson Gonçalves da Rocha, Márcio Braga, Luiz Neves e os investigadores foram presos pela acusação de extorsão.
As investigações contra o grupo se iniciaram desde o final de março, quando uma suposta vítima de extorsão teria procurado a Corregedoria Geral de Polícia Civil para denunciar os delegados Márcio Braga e Luiz Neves.
A partir daí, a Corregedoria entrou em ação e investigou os acusados, culminando na prisão dos sete policiais nesta manhã.
O corregedor Emerson da Rocha explicou ainda há pouco que não poderia dar mais detalhes sobre as investigações porque o caso está a cargo de seu colega José Porfírio Bessa. Emerson da Rocha informou, no entanto, que os sete acusados serão ouvidos a qualquer momento pela Divisão de Crimes Funcionais e no final do dia serão transferidos para a Delegacia de Centro de Vila Velha, onde ficam policiais civis acusados de crimes.
Segundo Emerson da Rocha, foi própria Corregedoria Geral de Polícia Civil que pediu à Justiça a prisão dos sete policiais.
Em conversa com colegas, o delegado Márcio Braga, um dos que estão presos neste momento na Corregedoria Geral de Polícia Civil, alegou inocência. Ele disse que estaria sendo vítima de uma armadilha.
Márcio Braga, que estava de férias quando foi preso em sua casa, revelou para colegas que há mais de um mês um estelionatário teria oferecido propina ao delegado Luiz Neves para não ser autuado em flagrante.
Luiz Neves teria, então, autuado o estelionatário por suborno. Em represália, o estelionatário teria “armado a armadilha” para os dois delegados e para os investigadores.
O chefe de Polícia Civil, delegado Joel Lyrio, foi procurado pelo Blog do Elimar para comentar o assunto. Sua assessoria de imprensa informou, porém, que ele deverá se pronunciar no decorrer do dia.