O jornal A Gazeta publica em sua edição desta terça-feira (24/08) importante reportagem sobre a volta do Policiamento Integrado na Grande Vitória, sob o título “Áreas vão ter ação integrada de polícias”. Nas áreas onde o policiamento será implantado, delegados de Polícia Civil e oficiais militares atuarão de forma integrada, dividindo responsabilidades em termos operacionais e de gestão da Segurança.
A reportagem de A Gazeta é bem didática, mas é induzida ao erro ao informar que se trata de uma experiência pioneira no combate ao crime no Espírito Santo.
Em 1999, quando o Programa de Planejamento de Ações de Segurança Pública (Pro-Pas) foi criado, foi inserida dentro do projeto a Zona de Policiamento Integrado. Foram criadas ZPIs em vários bairros e a única que deve continuar funcionando até hoje é a de Jardim Camburi. As outras foram abandonadas em 2003, quando o delegado federal Rodney Miranda assumiu a Secretaria de Estado da Segurança Pública. No dia 13 de janeiro deste ano, o Blog do Elimar postou informações sobre o assunto.
Outra “novidade” anunciada na edição desta terça-feira pela Sesp em A Gazeta é a de que os comandos das duas polícias, nas regiões onde serão implantadas as “novas” ZPIs, terão que cumprir metas para baixar índices de criminalidade.
Na época do Pro-Pas, os comandantes de batalhões e os chefes dos Departamentos de Polícia Judiciária (DPJs) tinham que cumprir meta. Tanto é verdade que um chefe do DPJ de Cariacica e um comandante do 7° Batalhão da Polícia Militar (Cariacica) foram punidos – com transferência para outros municípios – porque não conseguiram reduzir os índices de homicídios durante sua gestão.
Veja reportagem completa de A Gazeta no link http://www2.gazetaonline.com.br/index.php?id=/local/a_gazeta/materia.php&cd_matia=652543
Em dezembro de 1999, estudiosos da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), delegados de Polícia Civil e oficiais da Polícia Militar se debruçaram sobre um plano de segurança pública para o Espírito Santo que veio a se chamar Programa de Planejamento de Ações de Segurança Pública (Pro-Pas), uma marca com a qual foi batizado pela excelente jornalista e marqueteira política Beth Rodrigues.
Foi, efetivamente, o primeiro e até agora único plano de segurança pública criado no Espírito Santo. O Pro-Pas foi implementado por três anos – ele entrou em vigor quase que no final de 1999. Foi um plano pioneiro no Brasil e que serviu de modelo para outros estados e até para o governo federal.
A parte mais visível do Pro-Pas eram os módulos dos corredores de segurança espalhados pelos principais eixos viários da Grande Vitória e parte do interior – o programa, todavia, tinha outros itens importantes. Uma radiopatrulha da PM ficava parada num determinado módulo sempre com dois policiais militares armados com pistolas e equipados com rádios de comunicação, inclusive os portáteis. São esses delegados de Polícia Civil e oficiais da Polícia Militar, além de estudiosos da Ufes, que criaram o Pro-Pas, que merecem agora todo o crédito pela volta do Policiamento Integrado. Pelo bem do Espírito Santo!!!